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Milho

<p>Indústria de rações deve consumir 28,3 milhões de toneladas em 2005.</p><p></p>

Da Redação 20/09/2005 – A indústria de ração trabalha com a perspectiva de crescimento de 8,65% na produção neste ano, que deve atingir 47,2 milhões de toneladas, contra as 43,4 milhões produzidas no ano passado. Os dados são do Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações) e inclui rações balanceadas, alimentos para animais de estimação (pet food), premix, suplemento mineral e suprimentos.

No primeiro semestre, o Sindirações previa a produção de 46,9 milhões de toneladas de rações. A entidade prevê que o setor deve demandar neste ano 28,381 milhões de toneladas de milho e 9,417 milhões de toneladas de farelo de soja

A avicultura de corte é o principal setor consumidor de rações, absorvendo 56,5% da produção. Segundo o Sindirações, a produção destinada à avicultura deve atingir 26,6 milhões de toneladas e crescer 9% em relação às 24,5 milhões de toneladas produzidas no ano passado. O consumo da avicultura de corte absorve por 48% da produção (22,7 milhões de toneladas) e a de postura 8% (3,9 milhões de toneladas).

Outros dois segmentos de destaque são a suinocultura e a pecuária, que respondem, respectivamente, por 26% e 12% do consumo. A produção destinada à criação de suínos está estimada pelo Sindirações em 12,4 milhões de toneladas e deve crescer 7,3% em relação ao ano passado. O consumo da pecuária deve aumentar 6,7% neste ano, de 5,1 milhões de toneladas no ano passado para 5,5 milhões de toneladas neste ano. O Sindirações prevê aumento de 9,7% no consumo da pecuária de corte (para 1,5 milhão de toneladas) e de 5,5% na pecuária leiteira (para 3,99 milhões de toneladas).

Mario Sergio Cutait, presidente do Sindirações, atribui o crescimento, em grande parte, à alta das exportações de produtos brasileiros de origem animal. Entre janeiro e julho de 2005, o comércio de carne suína para o exterior aumentou em 25%, enquanto a venda de carne de frango subiu 14%. “Desde o ano passado, o Brasil também deixou de importar leite para exportá-lo. Nos últimos seis meses, grande parte da produção do País foi destinada ao consumo externo”, conta João Prior, secretário executivo do Sindirações.

Outro fator apontado pela entidade é o consumo doméstico, que manteve o crescimento previsto de 5% no primeiro semestre de 2005. Este aumento nos mercados interno e externo resultou na expansão dos plantéis de aves, suínos e bovinos, e, conseqüentemente, em uma maior demanda por alimentos animais.

Cutait diz que “o desempenho do setor poderia ter sido ainda melhor não fosse a elevada carga tributária sobre os produtos de alimentação animal – que chega em 24%. Desde janeiro, a situação foi agravada pelo acréscimo do PIS e Cofins aos impostos que incidem na comercialização de rações. A alta taxa que os produtores têm de pagar ao governo atrapalha o crescimento da indústria. Mas, estamos em negociações com o Ministério da Agricultura para reverter este quadro”, afirma Cutait.