Cientistas do Instituto Indiano de Pesquisa Agrícola desenvolveram uma variedade de milho com mais betacaroteno (que no organismo humano se transforma em vitamina A). A deficiência desse nutriente e de outros, como ferro e zinco são alguns dos maiores problemas de saúde pública nos países em desenvolvimento, de acordo com a Organização Mundial da Saúde.
Através da reprodução assistida por marcadores moleculares, os pesquisadores indianos expressaram o gene responsável pela produção do nutriente em linhagens de elite de milho. Depois de diversos cruzamentos, foi possível chegar a um cereal com 21,7 microgramas de betacaroteno por grama de milho, comparado a 2,6 µg/g na planta convencional. A pesquisa foi publicada na edição de dezembro da revista científica Public Library of Science (PLOS) One.
De acordo com a doutora Neuza Maria Brunoro Costa, conselheira do CIB – Conselho de Informações sobre Biotecnologia – a biofortificação é uma técnica por meio da qual é possível enriquecer alimentos com determinados nutrientes. É, portanto, uma estratégia para disponibilizar alimentos de melhor qualidade e aprimorar as condições de saúde da população. A biofortificação é possível por meio do cruzamento de variedades (melhoramento genético convencional) ou da introdução de genes de interesse (transgenia).