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Milho: contratos seguem estáveis

Milho: contratos seguem estáveis

O mercado de milho fechou o dia com preços estáveis na bolsa de Chicago, mas a tendência de alta ainda não pode ser descartada, especialmente devido às crescentes preocupações com o potencial da safrinha de milho no Brasil. Os contratos do cereal com vencimento para dezembro permaneceram estáveis nesta segunda-feira (6/11), cotados a US$ 4,77 por bushel.

Embora o impacto do clima tenha sido limitado durante a sessão de hoje, há a possibilidade de que ele direcione os preços do milho para uma trajetória ascendente em Chicago, de acordo com João Pedro Lopes, analista de inteligência de mercado da StoneX.

“O quadro climático do Brasil atualmente é mais preocupante para o milho do que para a soja. Com o atraso na semeadura e, posteriormente, na colheita da oleaginosa, o milho corre o risco de se desenvolver fora da janela ideal, ameaçando a produtividade”, afirma o analista.

Na semana passada, a consultoria revisou para baixo as projeções de oferta para o milho safrinha no Brasil devido a fatores como redução da área plantada e menor produtividade.

Além disso, o mercado de trigo também apresentou um cenário interessante, com os contratos que vencem em dezembro negociados em alta de 0,57%, a US$ 5,7575 por bushel. As previsões para a safra de trigo na Argentina em 2023/24 se tornaram um ponto de atenção para o mercado, uma vez que a Bolsa de Cereais de Buenos Aires reduziu sua projeção de colheita para 15,4 milhões de toneladas, inferior à estimativa inicial de 16,2 milhões de toneladas.

A Bolsa de Rosário, por sua vez, é mais pessimista e prevê uma safra de 14,3 milhões de toneladas, devido aos danos causados pelas geadas e pelo tempo seco durante os meses de inverno.

Além disso, um novo desenvolvimento no mercado de trigo é a mudança na dinâmica das exportações de trigo russo. A Rússia, que costumava ser agressiva nas negociações internacionais, agora está tomando medidas para reduzir a disponibilidade de exportação e elevar os preços, como a recente decisão do governo russo de comprar 2 milhões de toneladas do cereal. Isso marca uma mudança significativa que está impactando o mercado global de trigo.