O atraso no plantio da soja na safra 2010/2011 já provoca perdas na safrinha de milho que será colhida em junho do ano que vem. A falta de chuva é única responsável pela vagarosa evolução do plantio da oleaginosa, que até o momento alcança 1,7% da área, ou seja, 106 mil hectares de um total de 6,2 milhões de hectares. Nesta mesma data do ano passado, 14% da área havia sido semeada em Mato Grosso, o que correspondia a 847 mil hectares, conforme mostra o último boletim do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). De acordo com o Imea, 2 dos maiores pólos produtores no Estado, Lucas do Rio Verde e Sapezal, que estavam com 30% e 25% da área semeada no mesmo período de 2009, estão nesta safra com 3% e 6%, respectivamente.
Essa diferença de 12,3 pontos percentuais, segundo o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Glauber Silveira, deverá diminuir o tamanho da área plantada durante a safrinha, que começa em fevereiro. “O que for plantado em outubro deste ano, será equivalente a área destinada à safrinha”. Ele explica que os poucos produtores que já semearam a oleaginosa talvez terão refazer o plantio, aumentando os custos. “A chuva foi pouca para incentivar o desenvolvimento da planta”. Dessa forma, se for somente considerar o custo com a semente, o produtor mato-grossense terá que desembolsar entre R$ 93 (Centro-Sul) e R$ 175 (Nordeste)/hectare.
Arresto – Hoje (13/10), o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Rui Prado, e o superintendente da entidade, Seneri Paulo, se reúnem em Campo Novo do Parecis (a 396 km de Cuiabá) com 2 juízes da região. O objetivo é explicar a preocupação dos produtores quanto ao arresto das máquinas que vem ocorrendo em alguns municípios. O mais grave é que a ação ocorre durante o plantio do grão.