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Milho e soja sobem no mercado interno

<p>No Paraná, a cotação do milho ao produtor subiu 4,41% na comparação entre o período de 28 de fevereiro e 4 de março e a semana anterior.</p>

Da Redação 08/03/2005 – A quebra nas safras de milho e de soja no país por conta da seca na região Sul está sustentando os preços desses grãos no mercado interno. No Paraná, a cotação do milho ao produtor subiu 4,41% na comparação entre o período de 28 de fevereiro e 4 de março e a semana anterior, conforme o Deral, ligado à Secretaria de Agricultura do Estado. A cotação média ao produtor fechou em R$ 14,06/saca. Ontem, o preço médio pago ao produtor no Paraná ficou em R$ 14,70/ saca contra R$ 14,42 na sexta-feira, de acordo com Otmar Hubner, agrônomo do Deral.

Ele explicou que a quebra na safra gaúcha de milho e a incerteza quanto à safrinha no Paraná estimulam o produtor a segurar o produto à espera de preços mais altos. De acordo com Hubner, “não há certeza de que toda a safrinha será plantada” no Estado por causa da estiagem, que pode deixar o plantio abaixo dos 1 milhão de hectares estimados.

Uma fonte de cooperativa observou que o produtor segura o milho pois prioriza a venda da soja neste momento. Leonardo Sologuren, da Céleres, acrescentou que parte dos produtores tem mais fôlego para reter ofertas depois que o governo alongou dívidas de investimento.

Os preços do milho no porto de Paranaguá também se valorizaram nos últimos dias por conta da quebra na safra. A alta em Chicago e ganhos do dólar também sustentaram o aumento, segundo Sologuren. Conforme a Céleres, a saca saiu de R$ 17,30 no dia 25 de fevereiro para R$ 18,90 na sexta-feira. Fechou em R$ 19,00 ontem.

Apesar da confirmação da quebra de safra de soja no Brasil, os preços na bolsa de Chicago caíram ontem. O contrato de maio teve queda de 13,75 centavos de dólar a US$ 6,16 por bushel. Segundo Renato Sayeg, da Tetras, o recuo se deveu à realização de lucro por parte dos investidores. Ele ponderou que Chicago já vinha subindo num ritmo forte e observou que os números da Conab ficaram dentro das expectativas do mercado.

De qualquer forma, os ganhos no mercado interno são significativos. A cotação saiu de R$ 31 no porto de Paranaguá em 10 de fevereiro para R$ 37 ontem, segundo a Tetras.