A aprovação de duas novas variedades de milho geneticamente modificadopela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) – uma resistente a insetos e tolerante ao glifosato e outra também é resistente a insetos e tolerante a herbicidas -, durante esta semana, foi saudada pelo presidente da Associação Brasileira de Sementes e Mudas (Abrasem), Narciso Barison.
Na avaliação de Barison, o produtor brasileiro tem agora novas possibilidades de produzir mais e com melhor qualidade, o que representa um grande avanço para a agricultura brasileira.
Para o presidente da Abrasem, as novas autorizações da CTNBio são essenciais para a evolução no campo e a introdução de tecnologias capazes de, ao mesmo tempo, beneficiar produtor e consumidor final. “Ter tecnologias disponíveis nunca é demais para a agricultura”, afirma.
De acordo com o produtor de milho Almir Rebelo, de Tupanciretã (RS), no caso da resistência a insetos, os benefícios são ainda maiores, pois o inseticida usado para controlar o inseto do milho é muito caro. “São três vantagens principais que nos levam a optar pelo geneticamente modificado. Além de evitar os agrotóxicos, ele facilita o manejo nas lavouras, aumenta a produtividade e diminui os custos”, aponta Rebelo. “A relação custo-benefício é sempre positiva para os agricultores”.
No aspecto ambiental, o produtor salienta que o menor uso de agroquímicos não beneficia apenas a lavoura, já que o consumidor final recebe um alimento mais saudável, livre da quantidade exagerada de agrotóxicos. Além disso, ele ressalta a necessidade de aumentar consideravelmente a produção. “A biotecnologia auxiliará o Brasil a atingir a meta de dobrar a produção agrícola até 2022, necessária para suportar a demanda de alimentos”, salienta o produtor de milho.