Redação (15/12/2008)- O abastecimento e a cotação do milho não serão obstáculos para o desempenho do mercado de nutrição animal em 2009. Segundo Ariovaldo Zanni, diretor-executivo do Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações), os estoques de passagem, estimados em mais de 10 milhões de toneladas, aliado às projeções de produção do insumo para 2009, devem fazer do milho um componente de alívio para os custos de produção da indústria de alimentação animal no próximo período. “Teremos um bom abastecimento de milho em 2009”, prevê Zanni. “Tivemos uma ótima safra e os estoques de passagem são generosos. Nesse cenário esperamos que a tendência de preços siga o viés de baixa”, completa.
O diretor do Sindirações faz apenas uma ressalva: a manutenção dos custos dos insumos agrícolas (fertilizantes e defensivos), estacionados ainda em patamares elevados, pode determinar nova matriz agrícola e estabelecer patamar de preços imprevisível para a soja e o milho.
Safra 2009 – De acordo com dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção nacional de milho primeira safra poderá atingir entre 37 e 37,8 milhões de toneladas, que, adicionadas ao volume estimado para a segunda safra, significará uma produção entre 54,3 e 55, 2 milhões de toneladas. Ou seja, um decréscimo de 6% em relação à safra 2007/2008. Já a Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho) prevê um cenário mais apertado. Considerando a estimativa da Conab, a entidade estima que o mercado interno absorva 47,5 milhões de toneladas de milho, enquanto as exportações deverão repetir o volume de 5,5 milhões de toneladas estimados para este ano. O grande risco, alerta a Abramilho, é a atual cotação do insumo desestimular seu plantio na segunda safra, comprometendo o abastecimento interno já no segundo semestre de 2009 e em 2010.