A prática de manutenção dos preços do milho produzido no nordeste, que vem sendo implementada mais fortemente nos últimos dois anos, foi determinante para a alta de 91% no valor do grão entre os anos de 2003 e 2009, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
De acordo com Carlos Eduardo Tavares, superintendente de Gestão da Oferta da estatal, os preços da região foram alterados devido ao alto custo com logística para transportar sacas de milho do Mato Grosso, maior produtor nacional, até o nordeste.
“Aumentos os preços com o objetivo de incentivar a produção em áreas como oeste da Bahia e sul do Maranhão, por exemplo. Por isso, tivemos um aumento significativo lá”, afirma Tavares.
Atualmente, a média de preços no nordeste é de R$ 20,10, enquanto há um ano e meio era de cerca de R$ 14. Segundo Tavares, a Conab obteve o apoio do Ministério da Fazenda referente às práticas de manutenção nos valores do nordeste. Entretanto, as opiniões, agora, são antagônicas quando o assunto é a diminuição do preço do milho no Mato Grosso, devido à atual desvalorização comercial do grão.
De um lado, a Fazenda sinaliza ser a favor da diminuição para reequilibrar a oferta e demanda do produto e, de outro, o Ministério da Agricultura – juntamente com a Conab – se posicionam contra a redução.
A política da Conab para o milho proveniente do Mato Grosso é de incentivo às exportações que, segundo Tavares, vão muito bem no mercado internacional.