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Milho no Paraná

Agricultores paranaenses comemoram a boa produtividade do milho safrinha e esperam por melhores preços do cereal.

Milho no Paraná

No auge da colheita do milho safrinha, os agricultores do Paraná comemoram a boa produtividade. Agora eles esperam um preço melhor para vender o grão.

Essa semana o sol voltou a brilhar e as colheitadeiras voltaram ao campo. No Paraná, as chuvas estavam atrapalhando a colheita do milho, mas não chegaram a prejudicar a qualidade dos grãos.

No noroeste do Estado, trinta por cento da safra já foi colhida e a produtividade tem sido de 75 sacas por hectare. Um número muito acima da média da região.

Em uma propriedade do Paraná, a colheita está rendendo ainda mais. São 90 sacas por hectare. Com uma safra tão boa assim, os agricultores agora, torcem para que os preços melhorem. Nos últimos dias, na região de Maringá, a saca de milho começou a reagir e a maior expectativa está em torno do mercado.

O produtor Marco Bruschi Neto está acompanhando os preços do milho. Na ultima semana, o valor da saca passou de R$ 12,80 para R$ 13,60. Mesmo com o aumento, o produtor decidiu que não vai vender por enquanto.

“Ele está um preço baixo para o produtor. Eu pretendo vender de outubro para frente. Se o mercado melhorou, a gente comercializa”, justificou o produtor.

Nas cooperativas, o volume de milho que chega aos armazéns aumentou bastante essa semana. Só a Cocamar de Maringá está recebendo de 15 a 20 mil toneladas por dia.

No Paraná, a nova safra deve render mais de seis milhões de toneladas. Com uma produção maior, a expectativa é aumentar as exportações, que este ano estão mais lentas. No primeiro semestre, o Brasil vendeu um milhão de toneladas a menos para o mercado internacional. O que representa cerca de 30% de queda no faturamento das exportações do grão.

A Coamo de Campo Mourão, que mais exporta milho no Paraná, não vendeu nada no mercado externo entre janeiro e junho deste ano. Em julho as exportações já foram retomadas com 200 mil toneladas vendidas.

O presidente da cooperativa Aroldo Galassini explicou que os leilões do governo federal, chamados de PEP, podem ajudar neste movimento já pagam um subsídio para escoar a produção agrícola. “Eu achei uma política muito acertada do governo de tirar o excedente aqui de dentro. Senão não viabiliza de maneira nenhuma a exportação e os preços não viabilizam ao produtor que reduziu um pouco no Paraná o milho safrinha e reduziu muito o plantio da próxima safra de verão”, esclareceu.

O governo deve realizar na quinta-feira mais um leilão para escoamento da safra de milho. Ao todo, devem ser ofertados 1,2 milhão de toneladas.