Da Redação 15/04/2003 – Após um período longo de escassez de milho, que fechou granjas suinícolas e avícolas especialmente em Santa Catarina, os produtores deste Estado voltam a respirar aliviados. O alívio está embasado na colheita próximo de 50% do total semeado, o que confirma as expectativas de que a produção catarinense apresentaria grande incremento em relação à frustrada safra do ano passado.
A produção do cereal neste ano deverá ser de 4,16 milhões de toneladas, 2,7% a mais do se previa inicialmente (4,04 milhões) e 33,9% superior à de 2001/2002, que foi de 3,1 milhões de toneladas, como mostram analistas do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) e do Instituto de Planejamento e Economia Agrícola de Santa Catarina (Instituto Cepa/SC) em recente levantamento.
O representante do Instituto Cepa/SC, Jurandir Soares Machado, diz que o crescimento da produção reduzirá a disparidade entre a oferta e a demanda catarinenses. No ano passado, o déficit estadual de milho chegou 1,6 milhão de toneladas, e em 2003 não deverá passar de 760 mil toneladas.
Produtores catarinenses contam, também, com a expansão da produção do milho no Paraná, principal fornecedor do Estado.
Porém, alertam os analistas, que a situação de maior tranqüilidade não deverá constituir-se necessariamente em fator de forte compressão, uma vez que a paridade de exportação poderá assegurar liquidez e sustentar os preços em níveis ainda bastante razoáveis.