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Milho será boa aposta em 2007, diz JP Morgan

<p>A considerável elevação nos preços internacionais de milho, trigo e soja e a desvalorização recente do dólar em relação a outras moedas devem atrair ainda mais os fundos de investimento ao mercado de commodities agrícolas.</p>

Redação (11/12/06) – “Houve um grande fluxo de fundos referenciados [que seguem as variações de um determinado índice] para grãos. Com o dólar enfraquecendo, a tendência é haver uma nova injeção de capital desses investidores no mercado”, disse Michael McDougall, analista da Fimat Futures.

Relatório do JPMorgan Chase & Co, informa que os investidores despejaram US$ 53 bilhões nos 250 fundos de commodities mundiais monitorados pelo banco, dos quais US$ 25 bilhões foram aplicados nos chamados “fundos beta”, que reproduzem o desempenho de índices de commodities.

O banco estima que o milho e o ouro oferecerão as melhores oportunidades de investimentos em commodities em 2007, superando petróleo e metais básicos como o cobre e o alumínio, também devido à oferta apertada e à desvalorização do dólar. Conforme o banco, a expansão dos investimentos e a demanda por biocombustíveis elevarão mais os preços do milho e do trigo, no momento em que os estoques desses grãos são os mais baixos dos últimos 20 anos.

Nos últimos 12 meses, o preço do milho subiu 83%, tendo alcançado o preço recorde de dez anos em novembro por conta da redução da produção americana e da demanda recorde pelo grão para produção de etanol nos EUA.

Na sexta-feira, os preços do milho recuaram na bolsa de Chicago, pressionados pela alta do dólar sobre o euro, a queda nos preços do petróleo e do trigo. O contrato para março recuou 4 centavos de dólar, para US$ 3,6850 por bushel. Conforme o JP Morgan, os preços do milho alcançarão a média de US$ 4,03 por bushel em 2007, ante média de US$ 2,51 deste ano.

Os preços do trigo, por sua vez, avançaram 67% nos últimos 12 meses, alcançando em outubro a maior cotação dos últimos dez anos. Para 2007, o JP Morgan estima que o trigo atingirá média de US$ 5,13 por bushel, ante US$ 3,95 praticados atualmente.

Na sexta-feira, os preços do trigo negociado nas bolsas de Chicago e Kansas também fecharam em queda com vendas de especuladores, influenciados pelo câmbio e pela lentidão nas exportações americanas. O contrato para março negociado em Chicago recuou 10 centavos de dólar, para US$ 4,8575 por bushel. Em Kansas, o contrato de trigo para março desvalorizou 7,25 centavos, ficando cotado a US$ 5,0650 o bushel.

Para McDougall, da Fimat, o mercado de soja também deve ter maior participação dos fundos, dado o aumento recente na demanda para biocombustíveis. Nos 12 meses encerrados em novembro, a soja valorizou 16,16%, segundo o Valor Data. Na sexta-feira, os contratos negociados em Chicago recuaram, acompanhando o trigo e o milho. O contrato para março recuou 4 centavos de dólar, para US$ 6,7225 por bushel. (CB, com agências internacionais)