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Momento para avaliar lavouras de soja

Os cuidados quanto à parte físico-química é importante para conferir maior sanidade e dar capacidade para a planta tolerar possíveis fatores restritivos de produção.

Redação (26/02/2009)- O produtor mato-grossense que se aproxima do fim de mais uma safra de soja deve aproveitar o momento para avaliar o ciclo, descobrir erros e acertos cometidos na atual temporada (08/09). O conselho vem de um dos fitopatologistas mais conceituados do Brasil, José Tadashi, consultor técnico da Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso, Fundação MT. "Se encontrar qualquer irregularidade na formação das plantações, deve tomar medidas de prevenção para que as anormalidades não voltem a acontecer na safra seguinte. O momento é para verificar deficiências ocasionadas pela incidência de pragas, doenças ou manejo incorreto de solo".

Ainda segundo Tadashi, se durante a observação da planta, verificar que a raiz está superficial, é um indício para se fazer análise físico-químico do solo, avaliar quanto a acidez, se for o caso, será preciso fazer correção do solo para a próxima safra, faz o alerta.

Tadashi afirma que os cuidados quanto à parte físico-química é importante para conferir maior sanidade e dar capacidade para a planta tolerar possíveis fatores restritivos de produção. "Tem de estar com solo corrigido, bem equilibrado quanto à aplicação dos fertilizantes, que permitem um desenvolvimento radicular profundo para suportar, por exemplo, um período de estiagem".

De acordo com o pesquisador, mesmo que a ferrugem asiática da soja não tenha incidido nesta safra, com a mesma intensidade dos ciclos passados, o monitoramento constante da lavoura é primordial até a última planta de soja ser colhida. "Há lavouras ainda com fase de enchimento de vagem. Neste caso, tem de acompanhar e monitorar a ferrugem. A chuva dos últimos dias pode favorecer a doença. Por isso produtor tem de continuar em alerta", recomenda Tadashi.

Na avaliação de Tadashi, o fungo Phakopsora pachyrhizi, causador da ferrugem da soja não se alastrou nas lavouras mato-grossenses porque o produtor rural está mais atento. Além disso, a estiagem no início da safra, o respeito ao vazio sanitário (período em que não é permitido o cultivo de soja), a aplicação preventiva de fungicidas, a eliminação de plantas guaxas, são apontados como fatores que não permitiram a proliferação do fungo.

TECNOCAMPO – Estas e outras informações estão sendo apresentadas por Tadashi no TecnoCampo 2009. A próxima etapa do evento acontecerá dia 28 na região do Vale do Araguaia, município de Canarana. Assim como nas outras etapas, estará sendo apresentada a tecnologia Inox, desenvolvida pela Fundação MT e pela Tropical Melhoramento Genético (TMG). Participantes do evento podem ver no campo o desempenho das variedades de soja resistente à ferrugem asiática.