Na próxima quinta-feira (13/10), em Brasília (DF), será renovada a Moratória da Soja. Liderada por produtores, empresas e organizações não governamentais (ONGs), a iniciativa tem como objetivo boicotar a soja produzida em terras de novos desmatamentos ilegais na Amazônia. O compromisso foi assinado pela primeira vez em 2006 e tem sido repactuado anualmente.
O acordo é integrado pela Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) e a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), além de ONGs ambientalistas como o Greenpeace, a Conservação Internacional e o World Wildlife Fund (WWF) . No ano passado, o Banco do Brasil deixou de oferecer crédito a produtores de soja que plantem em áreas desmatadas ilegalmente desde julho de 2006.
O monitoramento do Grupo de Trabalho da Soja considera desmatamentos com mais de 25 hectares. A partir de sobrevoos sobre os polígonos e a comparação com imagens dos satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), é possível enxergar se houve novas devastações em fazendas produtoras. Se o grão foi plantado nessas áreas de derrubada recente, a propriedade passa a ser boicotada pelos compradores.
Segundo a Abiove, na safra de 2009/2010, o monitoramento identificou plantio de soja em 6,3 mil hectares dos 302 mil hectares de áreas monitoradas.