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MS espera que governo adquira 10% do milho

<p>Votação para o caso foi adiada para a próxima terça-feira (18).</p>

Redação (13/04/06)- A única solução a curto prazo vislumbrada pelo produtor de milho, a AGF (Aquisição do Governo Federal), depende da aprovação do OGU (Orçamento Geral da União) que está no Congresso e cuja votação foi adiada para terça-feira próxima.

A superintendência da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) encaminhou à Brasília (DF) demanda de 30 a 50 mil toneladas para operação de AGF, o que representa até 10% da safra de verão do grão, de 500 mil toneladas.

O superintendente regional, Sérgio Rios, explica que essa demanda leva em conta a normativa que fixa máximo a ser comprado por produtor de 1,9 mil sacas, mas que a exemplo do que ocorreu no fim do ano passado pode ser flexibilizada, caso haja recursos.

Por conta da crise pecuária, os reflexos da gripe aviária e impactos disso na suinocultura, o consumo de milho caiu drasticamente e os preços estão abaixo do mínimo estabelecido pelo governo federal na AGF, que cobra somente os custos de produção. Hoje, dependendo da região do Estado, paga-se de R$ 10,00 a R$ 11,00 por saca, quando a AGF é de R$ 13,99.

Hoje, segundo estimativa da Conab, o Mato Grosso do Sul ainda tem entre produtores e cooperativas cerca de 350 mil das 500 mil toneladas produzidas na safra de verão. Mato Grosso do Sul produz, em média, 2 milhões de toneladas ao ano e somente 50% são consumidos internamente, entre alimentação de animais e humana.

           A curto prazo e pontualmente a AGF é uma atuação muito boa para o governo federal transferir um pouco de renda ao produtor. Mas ele deveria estar recebendo 17,00 para cobrir custo de produção e ter rentabilidade para o custeio, diz Rios.