Com 851 armazéns, Mato Grosso do Sul prevê uma colheita do milho safrinha equivalente a 6,2 milhões de toneladas e ainda conta com estoques de sacas da primeira safra de milho 2012/13. Isso sem contar o resquício da soja que teria 60% da supersafra estocada. Diante do quadro crítico, a busca de armazéns públicos e maior utilização dos silos bag, um tipo de armazenagem improvisada, são possibilidades apontadas por cooperativas e pela Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja MS – Sistema Famasul) para contornar o excesso de estocagem de Mato Grosso do Sul. As alternativas foram apontadas durante reunião na sede da superintendência regional na Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), na quinta-feira.
Com capacidade estática de armazenagem de 7,72 milhões de toneladas e 60% da safra recorde de soja estocada, a previsão é de que os produtores possam ter problemas caso não aumente o fluxo de escoamento dos grãos até os portos. . “Esperamos que os portos ganhem fluxo e que o escoamento passe a ter ritmo, assim conseguiremos exportar toda a soja e nos preocuparemos apenas com o armazenamento do milho”, afirma o presidente da Aprosoja MS, Almir Dalpasquale, durante reunião com o superintendente regional da Conab, Antônio Dotta, e com produtores da Cooperativa de Agronegócios de São Gabriel do Oeste (Cooperoeste).
A Cooperoeste, composta por 32 agricultores de São Gabriel do Oeste, já busca alternativas para evitar possíveis tumultos. A cooperativa é responsável por 65 mil hectares plantados e possui armazém próprio, com capacidade estática de 1,25 milhão de sacas de 60 quilos, onde já estão armazenadas 800 mil sacas de soja.