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No RS, abastecimento de milho está em xeque

<p>A semana será decisiva para as cadeias da suinocultura e da avicultura gaúchas.</p>

Redação (10/12/2007)- Com reunião marcada para quarta e quinta-feira, a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) deverá deliberar sobre o pedido de importação de milho transgênico feito pelas entidades representativas dos setores. O objetivo é equilibrar mercado e atender a demanda para elaboração de ração. Mas o Rio Grande do Sul não está isolado nessa cruzada. Segundo o secretário-executivo da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), José Eduardo dos Santos, o setor trabalha em conjunto com outros estados como Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais, São Paulo.

Na semana passada, lideranças das regiões interessadas estiveram reunidos, em Santa Catarina, quando decidiram reforçar o pleito de liberação. Segundo Santos, dependendo da agilidade do Ministério da Agricultura (Mapa) e da CTNBio, existe a possibilidade do milho chegar ainda em janeiro.

O diretor-executivo do Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos (Sips), Rogério Kerber, destacou que a importação do grão convencional é permitida; no entanto, não há a disponibilidade de milho não-transgênico no mercado internacional. "Se tivesse, já teríamos importado", disse Kerber.

O presidente da Comissão de Grãos da Farsul, Jorge Rodrigues, alegou que o pedido da indústria é contrário aos interesses dos agricultores. Ele afirmou que o custo de produção do grão convencional é menor que o do transgênico, cujo cultivo o Brasil proíbe. Além disso, o grão importado chegaria ao país quando os gaúchos já estariam colhendo a safra. Segundo ele, a colheita começa em 15 dezembro nos municípios de Três de Maio, Tenente Portela e Miraguaí.

Kerber contestou os dados de que já há colheita no Estado em 20 de dezembro. Mesmo se houvesse, apontou o dirigente do Sips, seria em pequenas propriedades e insuficiente para a demanda global do RS, que é de 120 mil toneladas de milho por semana. Ele acredita que, mesmo após iniciada a colheita, será necessário milho do exterior. "Segundo players do mercado, mais de 60% da produção gaúcha está comprometida com a exportação", assinalou