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No USDA, produtores brasileiros de milho confirmam que saída do Brasil é produzir

<p>Solução é válida tanto para o consumo interno como para expandir sua participação no mercado internacional. </p><p></p>

Redação (04/08/2008)- Após ter passado o dia 31 ouvindo técnicos do Departamento de Agricultura (USDA), em Washington-DC, o presidente-executivo da Abramilho (Associação Brasileira dos Produtores de Milho), Odacir Klein, juntamente com um grupo de 10 produtores de milho, incluindo membros da diretoria da Abramilho, trará para o Brasil duas certezas obtidas nesse encontro: 1) os Estados Unidos não recuarão na questão do etanol de milho; 2) pelo quadro mundial traçado pelo USDA, com a demanda ascendente de proteína pelos países emergentes, a única saída para o Brasil será produzir mais milho, tanto para o consumo interno como para expandir sua participação no mercado internacional.

"Temos de perseguir o aumento de produtividade, incluindo a intensificação do uso de recursos biotecnológicos, e trabalhar muito de perto com a cadeia produtiva no Brasil, atendendo as necessidades da indústria de ração destinada à produção de proteína", observou Odacir Klein. Para ele, dessa forma, o Brasil ganhará mesmo se diminuir o volume de exportações de milho in natura. "Nossa meta deverá ser buscar a exportação de milho com valor agregado. Se ele seguir para o mercado externo em forma de proteína, melhor para o Brasil", assinalou.

Com relação à questão do etanol americano, Odacir Klein levantou um aspecto novo sobre o qual pouco se tem falado. Segundo ele, do total de milho que os Estados Unidos destinam à produção de etanol, cerca de 30% constituem resíduo alimentar para animais. "Eles retiram a energia mas reaproveitam o resíduo do milho, de alto valor protéico", informou o presidente da Abramilho. Sobre a tributação de alimentos nos Estados Unidos, Odacir Klein acrescentou que "ela é muito baixa em relação ao Brasil".