O Ministério da Agricultura e do Abastecimento (Mapa) aprovou recentemente duas novas cepas da bactéria Azospirillum brasilense, desenvolvidas através de uma colaboração entre a Universidade Federal do Paraná (UFPR) e a Associação Nacional dos Produtores e Importadores de Inoculantes (ANPII). As cepas são denominadas HM 053 e HM 210.
A estirpe HM 210 será lançada pela Novonesis sob o nome AzoMax Plus, um novo produto para tratamento de sementes de soja já disponível para a safra 2024/25.
Segundo Fernando Bonafé Sei, agrônomo e gerente técnico da empresa, a Azospirillum brasilense é uma importante ferramenta de Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN).
Ele ressalta que as novas cepas mostraram um potencial superior de fixação biológica, devido à alta produção da enzima nitrogenase, comparativamente às cepas anteriormente disponíveis no mercado brasileiro.
O agrônomo ainda destaca que, além de fornecer uma fonte adicional de nitrogênio, o uso de Azospirillum em combinação com Bradyrhizobium (coinoculação) pode aumentar a produtividade da soja em média 16%.
As novas cepas oferecem aos produtores uma maior variedade de escolhas, permitindo adaptar o uso às características específicas do solo.
Fernando também menciona que o momento ideal para aplicar o Azospirillum é durante o tratamento das sementes.
Estudos adicionais sugerem benefícios da inoculação via pulverização nos estágios iniciais do desenvolvimento da cultura, o que pode se tornar outra opção para os produtores no futuro.
O mercado de insumos biológicos vem crescendo consistentemente, com a comercialização atingindo US$ 827 milhões na safra 2022/23, um aumento de 52% em relação ao ciclo anterior, segundo dados da consultoria Kynetec validados pela ANPII.
Com a expectativa de alta produção na safra 2023/24, a ANPII prevê que o crescimento dos bioinsumos continuará em ritmo forte.