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Nova previsão de alta na oferta de grãos

IGC eleva projeção após divulgação de relatórios no Cazaquistão, UE, China, Ucrânia e América do Sul.

Nova previsão de alta na oferta de grãos

Revisões para cima nas estimativas de produção de trigo no Cazaquistão e na União Europeia e de milho na China, na UE, na Ucrânia e na América do Sul levaram o Conselho Internacional de Grãos (IGC, na sigla em inglês) a elevar sua projeção para a colheita mundial de grãos nesta safra 2011/12.

Em levantamento divulgado na quinta-feira, o órgão calcula que a produção mundial de trigo e grãos forrageiros – o milho está incluído no grupo, que exclui oleaginosas como a soja – somará 1,819 bilhão de toneladas, 13 milhões a mais que o volume calculado em setembro. Se confirmada a nova previsão, o aumento sobre o ciclo 2010/11 será de 4%.

Para o consumo global desses produtos em 2011/12, o IGC elevou sua estimativa para 1,828 bilhão de toneladas, 8 milhões acima de setembro e volume 2,4% superior ao do ciclo anterior. A previsão para o comércio de trigo e grãos forrageiros cresceu em 6 milhões de toneladas de setembro para cá e passou a registrar aumento de quase 3%.

Sobretudo em consequência do incremento da produção observado, a previsão do órgão para os estoques mundiais de passagem alcançou 360 milhões de toneladas – 15 milhões a mais que o previsto em setembro, mas ainda 8 milhões abaixo de 2010/11.

Conforme o IGC, o milho será responsável pela maior parte do aumento geral previsto para a produção. A colheita do grão em 2011/12 passou a ser estimada pelo instituto em 855 milhões de toneladas, 10 milhões a mais que o previsto em setembro e quase 30 milhões (3,5%) acima de 2010/11.

A projeção para o consumo também foi ampliada em 10 milhões de toneladas em relação a setembro, para 863 milhões de toneladas – 20 milhões a mais que em 2010/11 -, o comércio foi elevado em 1 milhão de toneladas e os estoques de passagem “ganharam” 4 milhões de toneladas e chegaram a 123 milhões, 8 milhões a menos que na temporada passada.

No caso do trigo, o novo quadro traçado pelo IGC sinaliza um conforto um pouco maior. A estimativa do órgão para a produção mundial subiu para 684 milhões de toneladas, 5 milhões acima da previsão de setembro e 33 milhões superior que a colheita de 2010/11, a estimativa para o consumo caiu em 2 milhões de toneladas e os estoques de passagem ficaram 9 milhões de toneladas mais gordo (202 milhões de toneladas, 7 milhões mais que no ciclo anterior).

Ainda que em geral a oferta de trigo e grãos forrageiros estimada tenham aumentado, o IGC ressalva que a relação dessa oferta com a demanda continua apertada, apesar das incertezas irradiadas das turbulências financeiras em países desenvolvidos, especialmente na Europa.

A quinta-feira, por sinal, foi de retomada da confiança dos mercados, queda do dólar em relação ao euro e, consequentemente, alta das commodities agrícolas nas bolsas americanas. Em Chicago, os contratos do trigo para março subiram 23,50 centavos de dólar e fecharam a US$ 6,7975 por bushel (medida equivalente a 27,2 quilos). No mercado de milho, março fechou a US$ 6,6350 por bushel (25,2 quilos), alta de 14 centavos, enquanto no de soja os papéis para janeiro fecharam a US$ 12,44 por bushel (27,2 quilos), ganho de 24,25 centavos.