Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

Insumos

Nova soja transgênica aguarda registro do exterior

Mais nova geração de soja geneticamente modificada, Intacta RR2 Pro, deve ser lançada comercialmente até outubro deste ano.

A mais nova geração de soja geneticamente modificada, Intacta RR2 Pro, deve ser lançada comercialmente até outubro deste ano. Pelo menos esta é a pretensão da Monsanto, que aguarda o registro das cultivares e aprovação da tecnologia na China e nos países da Europa, principais mercados importadores. A tecnologia começou a ser desenvolvida há dez anos e está em fase final de testes.

“No Brasil nós já temos todas as autorizações para comercializar, incluindo o da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança [CTNBio]. Aguardamos a aprovação dos mercados importadores. Havendo tempo hábil, comercializaremos as sementes na próxima safra”, explicou o gerente comercial da Monsanto, Rafael Carmona.

A Intacta é anunciada pela empresa como uma revolução na agricultura brasileira, prometendo três soluções aos produtores rurais: a tolerância ao glifosato, resultados de produtividade sem precedentes e proteção contra as principais lagartas que atacam a cultura, algo inédito até então.

A eficácia do produto está sendo testada em 500 propriedades rurais de dez estados – no Paraná são 105. A reportagem da Gazeta do Povo acompanhou o dia de colheita na Fazenda Agrícola Três Palmeiras, em Campo Mourão, na região Centro-Oeste, onde 1,5 hectare dos 500 da área total foi destinado ao plantio de soja com a tecnologia Intacta. A média colhida foi de 69,9 sacas por hectare, cerca de 10% a mais do que o colhido na área com sojas RR, onde cada hectare rendeu aproximadamente 62,8 sacas.

“Eu costumo fazer até três aplicações de inseticida contra lagarta na minha lavoura e nesta área de teste não foi necessário nenhuma”, declarou o proprietário da fazenda, Aldo Hanel.

Apesar do resultado, o gerente comercial da Monsanto ressalta que é preciso aguardar a conclusão dos demais testes para apresentar o índice de produtividade da Intacta. “Este valor de 10% é um número daquele período, daquele produtor, naquela condição. Não podemos criar um número cabalístico”, explicou Carmona.

Para o trabalho com soja Intacta, as áreas de cultivo precisaram receber uma série de cuidados especiais, com o objetivo de evitar que a soja chegue à comercialização. Os campos de teste foram cercados por fileiras de milho, distantes dez metros. O manejo e a colheita ainda exigiram máquinas exclusivas, que após o trabalho são desmontadas e lavadas. Ao final do experimento, todos os grãos colhidos foram destruídos na própria fazenda.