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Novas estimativas do USDA motivam baixa de preços em Chicago

Cenário traçado pelo órgão americano confirma recuperação da oferta global nesta safra 2013/14.

Novas estimativas do USDA motivam baixa de preços em Chicago

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) elevou sua estimativa para a produção global de soja em grão nesta safra 2013/14, que está em fase final de colheita no Hemisfério Norte e de plantio no Hemisfério Sul. O órgão americano também corrigiu para cima suas projeções para a demanda e para as exportações mundiais, mas o “saldo” dos ajustes efetuados foi positivo para os estoques finais.

Em relatório divulgado ontem, o USDA projetou a colheita mundial da oleaginosa em 284,94 milhões de toneladas, 1,4 milhão mais que o previsto em novembro e volume 6,3% superior ao de 2012/13, quando uma severa estiagem prejudicou as lavouras dos EUA. A demanda total passou a 270,87 milhões de toneladas, 870 mil a mais que o estimado em novembro e 4,9% acima do total da safra anterior. Já os estoques finais mundiais ganharam 390 mil toneladas e estão previstos em 70,62 milhões, 17,3% acima de 2012/13.

O órgão manteve as estimativas para as produções nos EUA e no Brasil, que lideram a oferta global do grão. Nas contas do USDA, os americanos deverão colher 88,66 milhões de toneladas, 7,4% mais que em 2012/13, e os brasileiros, 88 milhões, um aumento de 7,3% na comparação. Se a “disputa” pela liderança da produção está acirrada, nas exportações o Brasil tende a seguir na ponta com folga, como em 2012/13. A estimativa do USDA para os embarques brasileiros foi mantida em 44 milhões de toneladas, um incremento de 5% sobre o ciclo passado, enquanto a previsão para as exportações dos EUA aumentou para 40,14 milhões, 11,8% a mais que na safra passada.

Os números para a China, maior país importador de soja em grão do planeta, foram mantidos. A expectativa do USDA é que o país compre no exterior 69 milhões de toneladas em 2013/14, um crescimento de 15,2% em relação à temporada passada.

Se poderá ganhar espaço no tabuleiro da soja, o Brasil deverá perder força no do milho. O USDA manteve sua previsão para as exportações brasileiras em 2013/14 em 20 milhões de toneladas, 2 milhões a menos que em 2012/13. E, para o órgão, a produção despencará no país para 70 milhões de toneladas, 11 milhões abaixo da colheita da temporada anterior.

A produção global de milho foi ajustada pelo USDA para 964,28 milhões de toneladas, 1,45 milhão a mais que o projetado em novembro e volume 11,8% superior ao verificado em 2012/13, graças sobretudo à recuperação americana. Mas o órgão revisou para baixo, em relação às estimativas de novembro, seus cálculos para os estoques nos EUA e no mundo. Mesmo assim, os estoques finais globais de 162,46 milhões de toneladas são 20,4% maiores que os da temporada passada.

No tabuleiro do trigo, o USDA elevou para 711,42 milhões de toneladas sua previsão para a produção global em 2013/14, 8,4% mais que em 2012/13, e ampliou para 182,78 milhões de toneladas a estimativa para os estoques globais, 4% mais na comparação. As importações do Brasil foram mantidas em 7,7 milhões de toneladas, volume 4,6% superior ao de 2012/13.

Na bolsa de Chicago, os novos números do órgão americano provocaram quedas dos preços dos grãos. Os contratos da soja com vencimento em março fecharam a US$ 13,22 por bushel, baixa de 4,75 centavos em relação à véspera. No mercado de milho, o mesmo vencimento recuou 2 centavos, para US$ 4,36 por bushel, enquanto o bushel do trigo para março caiu 11,75 centavos, para US$ 6,3875.