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Transgênicos

Novas leis para OGM

Cientistas pedem mudanças na regulamentação na Europa. Legislação desatualizada impede avanço dos transgênicos no velho continente.

Cientistas de diferentes universidades da Suécia publicaram petição online, por meio da qual buscam apoio para que sejam realizadas atualizações na legislação de biossegurança vigente na Europa, considerando a ciência como base para promover o desenvolvimento sustentável da agricultura e da silvicultura.

No texto que acompanha a petição, os pesquisadores afirmam não haver evidências cientificas de que os transgênicos apresentem mais risco aos consumidores ou ao meio ambiente do que as variedades convencionais. “A legislação foi formulada quando não havia dados suficientes, mas hoje nós temos as informações”, ressaltam os cientistas. Eles pedem que a regulamentação dos organismos geneticamente modificados seja atualizada e se baseie em estudos e dados científicos, afastando-se de ideologias.

Embasamento científico

Os pesquisadores defendem que a aplicação do conhecimento científico tem sido dificultada pela legislação europeia no que diz respeito ao uso da engenharia genética. Tais regulamentos, segundo os pesquisadores, impõem controles restritivos ao uso de variedades de plantas geneticamente modificadas, enquanto variedades resultantes de cruzamentos convencionais são liberadas sem nenhuma restrição.”

Recentemente, a União Europeia divulgou o relatório “A decade os EU-funded GM research”, no qual 500 grupos de estudo independentes, contratados para analisar os riscos das plantas transgênicas, concluem que “elas não oferecem mais riscos do que as plantas produzidas por melhoramento convencional.”

As restrições da Europa aos transgênicos afetam também os produtores do resto do mundo, afirmam os cientistas. “Pequenos centros de pesquisa e organizações em países do terceiro mundo também são privados de uma excelente ferramenta para produzir grãos GM melhores, em função do risco de serem excluídos do hostil mercado europeu.”

“Nosso desejo é que produtores do mundo todo possam cultivar sementes desenvolvidas para obter maior eficiência em uso de energia, de água e de defensivos, mas a legislação sobre engenharia genética atual impede isso”.

Até o momento, mais de 300 assinaturas já integram a solicitação, incluindo pesquisadores de diversas instituições do mundo todo.