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Transgênicos

OGM no campo

Novo relatório britânico reforça a contribuição dos transgênicos para a agricultura sustentável, com redução na emissão de GEE e defensivos.

OGM no campo

O mais recente relatório sobre o impacto global dos cultivos geneticamente modificados (GM) ou transgênicos aponta que a biotecnologia continua promovendo benefícios socioeconômicos e ambientais e está contribuindo positivamente para a produção global de alimentos e para a segurança alimentar.

Lançado esta semana no Reino Unido, o levantamento – que reúne os dados de 1996 a 2009 – indica que a adoção de transgênicos contribuiu para reduzir a emissão de gases de efeito estufa provenientes da agricultura, diminuiu a pulverização com defensivos e aumentou significativamente os rendimentos dos agricultores, especialmente nos países em desenvolvimento. 

“A tecnologia também fez relevantes contribuições para aumentar a produtividade e ampliar a produção global de culturas-chave”, afirmou Graham Brookes, diretor da PG Economics, coautor do relatório.
 
Os principais resultados do estudo são:

–  Redução na emissão de gases de efeito estufa – As culturas GM contribuíram para reduzir significativamente as emissões de gases de efeito de estufa provenientes das práticas agrícolas. Esse benefício resulta da redução do consumo de combustível nos maquinários (em razão da diminuição de aplicações de defensivos) e armazenamento adicional de carbono no solo em áreas de preparo reduzido. Em 2009, foi equivalente à remoção de 17,7 bilhões quilos de dióxido de carbono da atmosfera (ou igual à remoção de 7,8 milhões de carros das ruas por um ano);

– Redução de defensivos – De 1996 a 2009, a diminuição das pulverizações de pesticidas em lavouras transgênicas foi equivalente a 393 milhões/kg (-8,7%). Assim, o impacto ambiental associado ao uso de herbicidas e inseticidas sobre a área plantada com culturas GM caiu 17,1%;
 
– Diminuição da erosão do solo – Plantas GM tolerantes a herbicidas têm facilitado a adoção do plantio direto em muitas regiões, especialmente na América Latina. A prática tem contribuído para a redução da erosão e para melhorar os níveis de umidade do solo;

– Ganhos econômicos para os produtores – A parcela dos ganhos de rendimento agrícola, tanto em 2009 quanto cumulativamente (1996-2009), foi de cerca de 50% para agricultores de países desenvolvidos e em desenvolvimento;

– Aumento da produção de alimentos – Desde 1996, a adoção da biotecnologia na agricultura acrescentou 83,5 milhões de toneladas de soja e 130,5 milhões de toneladas de milho à produção mundial. A tecnologia também contribuiu com um acréscimo de 10,5 milhões de toneladas de algodão em pluma e 5,5 milhões de toneladas de canola;

– Redução da área de plantio – Para alcançar os mesmos níveis de produção mundial de algumas culturas em 2009, a necessidade de expansão de terras teria aumentado se não tivessem sido usados os grãos GM. Teria sido indispensável o plantio adicional de 3,8 milhões de hectares de soja, 5,6 milhões de hectares de milho, 2,6 milhões de hectares de algodão e 0,3 milhões de hectares de canola. Essa área total seria equivalente a cerca de 7% da terra arável dos Estados Unidos ou 24% da terra arável do Brasil.

O material detalhado e o estudo completo, em inglês, estão disponíveis no site da PG Economics em  http://www.pgeconomics.co.uk/page/29/sustainable,-profitable-and-productive-agriculture-continues-to-be-boosted-by-the-contribution-of-biotech-crops.