A colheita do milho ainda não começou na região de Campo Mourão, no Paraná, mas os agricultores estão bastante otimistas com a safra e os preços. As exportações cresceram e o valor do grão no mercado interno subiu.
Jaime Neitzke não vê a hora de colher. O trabalho deve começar no máximo em duas semanas. Ele plantou 40 hectares de milho e espera colher seis mil sacas nesta safra. Serão mil sacas a mais do que na produção do ano passado.
O aumento da produtividade se deve às boas condições climáticas. “Além do clima ter favorecido, a produtividade foi boa e o preço também parece que está bom”, comentou o agricultor.
Além do bom preço de comercialização do produto, outro fator que explica o otimismo do agricultor é o aumento da exportação. Em janeiro, o Brasil vendeu 1,27 milhão de toneladas de milho para outros países, 11% a mais do que no mesmo período do ano passado.
O preço internacional do milho também está maior. Na bolsa de Chicago, o preço do grão está 85% maior do que o praticado em fevereiro do ano passado. Os preços favoráveis se refletem na maior cooperativa agrícola da América Latina.
A Coamo estima exportar 330 mil toneladas de milho, 27% a mais do que na última safra. “Vai mais para o Oriente Médio, Irã, Japão, Coreia do Sul, diversos países daquela região são os que compram mais o nosso milho. A expectativa é de bons preços, principalmente se tiver qualquer problema com a safrinha, que vai ser plantada a mais. A tendência é boa porque até confirmar a safrinha, lá para julho, nós temos uma safra de verão pequena, boa, mas pequena, menor que no ano passado e isso faz com que tenhamos expectativa de bons preços”, explicou José Galassini, presidente da Coamo.
O Paraná é o maior produtor nacional de milho.