O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), José Mário Schreiner, questionou a falta de padronização na classificação dos grãos comercializados com as empresas brasileiras. A reunião contou com a presença da Associação Brasileira da Indústria de Óleos Vegetais (Abiove) e Associação Brasileira dos Exportadores de Cereais (Anec) e foi realizada na tarde de ontem (19), na sede da CNA, em Brasília.
O motivo da reunião foi discutir a forma diferente com que cada empresa utiliza para realizar descontos, até com tabelas progressivas ao produtor rural. “Cada empresa adota um sistema de qualidade da soja. Precisamos de um sistema mais lógico porque há regiões em que os produtores tiveram mais perdas com os grãos ardidos”, ressalta Schreiner.
José Mário que também preside a Comissão de Cereais, Fibras e Oleaginosas da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), informou que será criada uma Câmara Arbrital para tratar do assunto dentro da Câmara Setorial da Soja, no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Hoje há apenas legislação que normatiza a classificação de qualidade para aquisição do Governo Federal, produção destinada à importação e para produtos de consumo humano.
As chuvas intermitentes no mês passado e excesso de umidade da soja causaram danos físicos à oleaginosa, na qualidade do produto e também na remuneração. “O ano parecia ser muito bom para todos, mas houve problemas climáticos. Há casos de produtores que ficaram mais de 30 dias com máquinas paradas sem poder colher,” explica José Mário.
As associações vão analisar as reclamações dos produtores rurais levadas à reunião e prometem responder a Faeg e a CNA na próxima semana. A Faeg continuará monitorando as lavouras de Goiás e sua colheita como também o plantio da safrinha através de levantamentos realizados pela sua rede de Sindicatos Rurais.