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Passos (MG) planta milho transgênico

Uma pequena parte da lavoura de milho plantada no município é de semente transgênica.

Da Redação 19/08/2003 – Na zona rural de Passos (MG) e em outras 12 cidades mineiras estão sendo implantados campos de teste de companhias e instituições que desenvolvem produtos de biotecnologia em plantações transgênicas também de algodão, soja e eucalipto. Aprovadas pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança do Ministério da Ciência e Tecnologia (CTNBio), estas plantações despertam polêmica. Para os ambientalistas do Greenpeace, há risco de os genes das plantas modificadas se espalharem pela natureza de forma descontrolada. Cientistas e a própria CTNBio reconhecem que o risco existe, mas minimizam o seu provável impacto sobre o meio ambiente.

A área plantada com transgênicos em Minas Gerais é irrisória. São cerca de 21,6 hectares de algodão, plantados em Uberlândia, Capinópolis, Ituiutaba e Iraí de Minas; 65,24 hectares ocupados por milho em Passos, Uberlândia, Uberaba, Capinópolis, Ituiutaba, Iraí de Minas, Conquista, Cachoeira Dourada, Indianópolis, Alfenas e Unaí; 0,82 hectare de soja em Uberlândia e Monte Alegre de Minas; e 1.058 hectares de eucalipto em Coimbra.

Mas apesar de a extensão ocupada pelos transgênicos de pesquisa em Minas Gerais ser pequena, a coordenadora da campanha de engenharia genética do Greenpeace no Brasil, Mariana Paoli, alerta para o risco de contaminação do meio ambiente pelos Organismos Geneticamente Modificados (OGMs). “Achamos que não houve prevenção adequada para evitar contaminação”, argumenta. “O milho se reproduz por polinização cruzada. E um pólen de milho pode viajar até 15 quilômetros.”