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Pessimismo deprecia grãos

Analistas dizem que as incertezas sobre o pacote americano de ajuda aos bancos restringem a atuação nos mercados de renda variável, como é o caso das bolsas de commodities.

Redação (13/02/2009)- As cotações dos principais grãos negociados em Chicago (EUA) recuaram pelo terceiro pregão consecutivo por causa do mau humor no mercado financeiro global. Analistas dizem que as incertezas sobre o pacote americano de ajuda aos bancos restringem a atuação nos mercados de renda variável, como é o caso das bolsas de commodities. Além disso, do lado fundamental (oferta e demanda), há informações de que a melhora do clima na Argentina e Brasil deve diminuir a demanda pelos estoques americanos de soja.

Mesmo com a perspectiva de aumento nos embarques divulgado pelo Usda, os papéis da soja com entrega para maio fecharam em US$ 9,7150 o bushel (27,2 quilos), queda de 1%.

Os embarques do milho avançaram 33%, para 1,544 milhões de toneladas, na semana encerrada em 5 de fevereiro, a maior alta em mais de um ano, disse o Departamento de Agricultura dos EUA (Usda). As vendas de soja foram de 1,069 milhões de toneladas, acima dos 21% da média das quatro semanas anteriores. Citigroup Global Markets estimou vendas de milho de 1,15 milhão de toneladas e vendas de soja de 500 mil toneladas.

"As vendas de exportação foram melhores e isso deverá elevar os preços", disse Terry Reilly, analista de mercado do CitiGroup Global Markets, em Chicago. "Esperamos que as vendas de milho e soja permaneçam fortes nas próximas semanas, antes que os compradores mudem o foco para a América do Sul", acrescentou. Mesmo assim, o milho fechou cotado em US$ 3,76 o bushel (25,4 quilos), queda de 0,6%.

O trigo acompanhou a queda com as informações de melhora nas condições das lavouras chinesas. O país é o maior produtor mundial da commodity e tinha registrado problemas com estiagem em 46% de sua produção. Os contratos com entrega para maio ficaram em US$ 5,5150 o bushel (27,2 quilos), queda de 0,8%. Mesmo com a queda, as informações são de que o consumo permanece firme. Há dois dias, o Japão comprou 132.000 toneladas de trigo. Desse total, cerca de 86 mil toneladas vieram de estoques dos EUA.