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Preço da soja atrai produtor catarinense

No Planalto Serrano, a pecuária de corte perde espaço para o cultivo do grão bem mais rentável.

Da Redação 16/02/2004 – 05h25 – A economia de Lages, consolidada a partir da década de 60 na extração de madeira e criação de gado, começa a conhecer um produto que promete ser um diferencial na agricultura da região serrana: a soja. Já existem cerca de 50 produtores que, no mês de abril, devem colher 120 mil sacas com 60 quilos de grãos.

As primeiras lavouras de soja em Lages surgiram no final da década de 80 como forma de alternar o plantio de produtos como milho e feijão. Mas o baixo preço, em torno de R$ 9, não estimulava intensificar a atividade.

A economia, no entanto, mudou os rumos dessa história. Hoje, a saca de 60 quilos é vendida pelo produtor a R$ 44. Como a soja passou a ser cada vez mais valorizada no mercado, apareceram também os agricultores para investir nessa produção.

De acordo com Luís Uncini, diretor comercial da Cooperplan, cooperativa de Lages que reúne a maioria dos produtores de soja do município, o crescimento da cultura está ligado diretamente à criação de gado de corte da região. “Como a pecuária aos poucos foi se tornando cada vez menos rentável em razão dos custos, muitos fazendeiros arrendaram as terras para o plantio de soja”, diz.