De acordo com o consultor de mercado Liones Severo, a soja atingirá cotação recorde neste ano. Isso por causa do baixo estoque da oleaginosa nos principais países exportadores, o que encaminha o mercado para uma alta histórica nos preços.
“Mesmo que os Estados Unidos aumente a produção de soja em 10 milhões de toneladas, este volume se diluirá facilmente no mercado internacional. O Brasil é atualmente o maior exportador de soja do mundo e se manterá no posto, já que não existem países com as mesmas características de expansão,” explicou Severo durante o Circuito Aprosoja, promovido pela Associação dos Produtores de Soja de MS na 50ª Expoagro.
Ele citou os anos de 2004, 2008 e 2012 como exemplo de períodos em que o consumo superou a produção, ocorrendo baixa nos estoques e recordes nos preços da oleaginosa. “Já exportamos neste ano 45 milhões de toneladas do complexo soja. Os estoques estão baixos e é provável que o Brasil exceda no mercado internacional e falte soja no mercado interno”, prevê o consultor.
A gerente econômica da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Sistema Famasul), Adriana Mascarenhas, acrescentou que a política cambial favorece as exportações. “Não existe em curto prazo cenário que valorize a moeda brasileira, isto deixa o país mais competitivo e mantém as exportações positivas”, destacou.