Os preços do milho tendem a continuar sustentados no mercado interno. Desde o anúncio do primeiro leilão de PEP, as ofertas ficaram mais restritas, obrigando os compradores a melhorarem suas propostas. Entre 20 e 27 de maio, o Indicador Esalq/BM&FBovespa registrou alta de 2,3%. No acumulado do mês (até o dia 27), a alta é de 6,7%. Na média das regiões pesquisadas pelo Cepea os preços subiram 1,1% no mercado de balcão (ao produtor) em sete dias e 1,6% no mercado de lotes (negociação entre empresas).
O segundo leilão de PEP deve ocorrer na próxima semana. Como a promessa é a de realizar 12 leilões semanais, a tendência, a partir de agora, é que nessas operações se concentre grande parte da comercialização da safra. No mercado de lotes, apesar da alta de preços, a diferença entre o que pede o vendedor e oferece o comprador ainda é grande.
Em Goiás um corretor informou que, apesar do indicativo de R$ 14/saca para o Estado, produtores pedem entre R$ 15/saca e R$ 16/saca. “O preço está bem mais alto e os negócios não acontecem. Há duas semanas, a cotação não passava de R$ 12,50/saca”, disse a fonte.
Em Mato Grosso o analista da Cimpex Corretora, Wanderley Nascimento, diz que os preços de milho em Sorriso variavam de R$ 9/saca a R$ 12/saca na última semana. Ele acredita que somente após o terceiro leilão e o início da colheita da safrinha no Estado o mercado encontrará um equilíbrio.