O agricultor chega à cooperativa e a primeira coisa que faz é dar uma olhada no preço da soja. Quase metade das 650 mil toneladas de soja entregues já foi vendida. A maior parte da comercialização foi antecipada, a saca foi vendida em média por R$ 43.
O agricultor Marco Bruschi colheu 15 mil sacas de soja. Vendeu 30% da produção antecipada e outros 30% depois da colheita. O dinheiro foi investido em 300 hectares de milho safrinha, ele está satisfeito com a comercialização e diz não ter pressa para vender o restante, pois vai esperar até agosto o preço melhorar.
Na expectativa por preços melhores, muitos preferem esperar. José Cícero Aderaldo, superintendente de negócios da cooperativa, diz que quem ainda tem soja para negociar deve prestar atenção em três situações. “Consumo, cotação do câmbio e a produção dos EUA deverão direcionar os preços no segundo semestre”.
Carlos Murate, presidente da cooperativa, conta que a empresa está no compasso de espera em função dos problemas climáticos dos EUA. A empresa está com 40% da soja estocada nos silos, o que representa quatro milhões de sacas. Sobre os preços, Murate afirma que o cenário é bom, hoje a saca está valendo cerca de R$ 40.