Com uma grande safra de soja em desenvolvimento nos campos norte-americanos, o mercado amplia a pressão sobre as cotações internacionais do grão, conforme indica o relatório semanal do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). O último relatório do USDA para a safra 2014/2015 nos Estados Unidos teve leve aumento na produção do país para 103,9 milhões de toneladas. Apesar das expectativas, a consolidação ainda vai depender de chuvas até o final do ciclo.
Mesmo assim, desde o final de junho, a futura safra vem pressionando de forma cada vez mais ativa as cotações em Chicago. Este cenário internacional , que gera impactos sobre as cotações disponíveis em Mato Grosso, reflete também nas negociações internas futuras, impactando assim, o ritmo de negócio, que está bem pontual.
À medida que a colheita começar nos Estados Unidos, daqui cerca de 30 dias, e aumentar a oferta mundial do produto, os preços podem sofrer maiores desvalorizações. Apesar disso, possíveis evoluções do dólar, ou prejuízos na produção da América do Sul devem ser analisados para projetar novas tendências de preços internos da próxima safra.
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MERCADO INTERNO
Os preços disponíveis da soja no mercado interno sofreram algumas oscilações durante a última semana, refletindo as informações do relatório de safra do USDA. Apesar disso, observa-se que os preços ainda estão acima dos praticados no mesmo período de 2013, sob a análise de que o mercado interno está disposto a pagar um valor maior para esmagamento neste momento, se comparado ao ano passado.
Os preços futuros internos, contudo, não apresentam o mesmo otimismo. Os contratos para março de 2015 estão com preços bastante inferiores aos que se notava nos contratos negociados em 2013 para março de 2014. Em função disso, os negócios de contratos futuros apresentam-se bastante pontuais, dando ritmo lento à comercialização da próxima safra.
Atualmente, a diferença entre os preços spot e os preços futuros internos é de R$ 13,83/sc, indicando R$ 8,61/sc a mais na mesma diferença em 2013. Isso se justifica pela tendência baixista do mercado internacional , que demonstra que a oferta será grande para a próxima safra.
