O mercado de milho no Brasil mantém-se em alta devido ao robusto desempenho das exportações e à demanda interna aquecida. Pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) apontam que um fator adicional que impulsiona esse movimento de valorização do cereal é a retração dos vendedores no mercado.
Os agentes vendedores estão cautelosos em meio aos atrasos na semeadura da safra de verão e às possíveis repercussões desse cenário sobre a segunda safra. Em resposta a essas incertezas, eles têm ofertado quantidades limitadas no mercado spot, aguardando possíveis valorizações futuras.
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No âmbito agrícola, pesquisadores do Cepea relatam que, com o retorno das chuvas no Centro-Oeste e em partes do Sudeste, e a diminuição dessas precipitações no Sul do país, os trabalhos agrícolas avançam em todas as regiões. Segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgados em 25 de novembro, a semeadura da safra de verão atingiu 55% da área nacional. Entretanto, esse número ainda está 13,6 pontos percentuais abaixo do registrado no mesmo período da safra anterior (2022/23).
A conjuntura de oferta e demanda, aliada às condições climáticas, continua a ser um elemento crucial para os rumos do mercado de milho no Brasil. O setor permanece atento aos desdobramentos da safra em andamento, enquanto os preços continuam refletindo as complexidades desse contexto, impactando tanto produtores quanto consumidores.