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GRÃOS

Preços do milho recuam nos portos brasileiros devido a pressões externas e cambiais

Cenário tem gerado um interesse persistente por parte de alguns produtores em realizar negócios destinados exclusivamente à exportação

Preços do milho recuam nos portos brasileiros devido a pressões externas e cambiais

Na última semana, os preços do milho nos portos brasileiros registraram uma nova queda, de acordo com pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Essa tendência de baixa, segundo especialistas, foi impulsionada principalmente pela desvalorização do mercado internacional e do câmbio. Apesar das quedas, é importante notar que os preços em portos como Paranaguá (PR) e Santos (SP) ainda se mantêm acima dos valores praticados no mercado interno. Isso tem gerado um interesse persistente por parte de alguns produtores em realizar negócios destinados exclusivamente à exportação.

Um dos fatores que tem impulsionado as exportações de milho é o resultado das negociações realizadas em meses anteriores. O ritmo de embarques atual tem se mantido intenso, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Em apenas 14 dias úteis de outubro, o Brasil exportou uma impressionante quantidade de 5,89 milhões de toneladas de milho. Isso já representa 87% do total embarcado no mesmo mês de 2022, que foi de 6,78 milhões de toneladas.

Se o ritmo diário atual, que gira em torno de 420 mil toneladas, persistir até o final de outubro, o volume total de milho a ser exportado pelo Brasil pode somar cerca de 8,84 milhões de toneladas. Isso supera a estimativa da Associação Nacional de Exportadores de Cereais (Anec), que previa um total de 8,2 milhões de toneladas. Essa alta nas exportações reflete não apenas a demanda internacional pelo produto brasileiro, mas também a competitividade do país no mercado global de grãos.

A dinâmica em curso nos portos brasileiros demonstra a importância do milho como um dos principais produtos da pauta de exportações do país. Os produtores e exportadores, mesmo diante das oscilações de preços e das pressões externas, continuam a encontrar oportunidades sólidas nos mercados internacionais, reforçando a posição do Brasil como um player significativo no comércio global de commodities agrícolas.