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Preços do milho seguirão acima da média histórica, antevê Abramilho

<p>Mesmo diante de uma desaceleração do crescimento econômico mundial, os baixos estoques existentes e a alta demanda por alimentos manterão os preços das commodities agrícolas elevados.</p>

Redação (22/09/2008)- A baixa de estoques globais de milho, confirmada pelas previsões do Departamento Americano de Agricultura (USDA), representa a ratificação de uma tendência favorável ao Brasil no fornecimento internacional do produto, na opinião do presidente-executivo da Abramilho (Associação Brasileira dos Produtores de Milho), Odacir Klein. Para ele, mesmo diante de uma desaceleração do crescimento econômico mundial, os baixos estoques existentes e a alta demanda por alimentos manterão os preços das commodities agrícolas elevados, na comparação com sua média histórica.

Das 338,3 milhões de toneladas de milho esperadas para a safra 2007/2008 no início deste ano, a estimativa de produção americana já está em 306,65 milhões de toneladas, de acordo com o último relatório de previsão de safra, anunciado no início de setembro pelo USDA. Com o anúncio os estoques globais de milho caíram de 112,4 milhões de toneladas para 109,9 milhões de toneladas. A explicação para a queda de produção americana foi o excesso de chuvas em julho, seguido de escassez de precipitações em agosto, no chamado Corn Belt, ou Cinturão do Milho, no meio-oeste americano, do qual fazem parte no todo ou em partes 12 estados americanos.

Para Leonardo Sologuren, da Céleres e consultor da Abramilho, de acordo com a avaliação atual não haveria surpresa se o próximo relatório do USDA trouxesse uma nova correção "para baixo" da estimativa de safra de milho. "Já acumulamos uma queda mundial de produção da ordem de 0,9%" acrescenta. Segundo o analista, é bom lembrar que a safra 2007/2008 carregava a expectativa de apresentar um recorde histórico nos Estados Unidos. "A oportunidade para o Brasil avançar como fornecedor mundial nunca esteve tão próxima", conclui.