A seca que afeta o Norte do pais, o celeiro do país mais populoso do mundo, não terá efeitos nos preços mundiais dos cereais, garantiu ontem (15) o governo de Pequim, em resposta às preocupações de algumas organizações internacionais
A situação actual, afirmou Ma Zhaoxu, porta-voz do ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, “não vai afectar os preços dos bens alimentares”.
“É possível que a recente seca tenha um impacto sobre a produção de trigo de Inverno, mas as autoridades estão a tomar medidas concretas para minimizar essas consequências”, afirmou, citado pela AFP.
A China, pais que é quase auto-suficiente no domínio alimentar, poderá recorrer às suas reservas de cereais, constituídas após as colheitas recorde dos anos anteriores para fazer face à procura interna.
A Agência da ONU para a Alimentação e Agricultura – FAO, alertou este mês para o impacto da seca nas colheitas de trigo de Inverno na China, o principal produtor e consumidor deste cereal.
Em resposta, o primeiro-ministro Wen Jiabao lançou um envelope financeiro de envelope de 13 mil milhões de yuan (1,44 mil milhões de euros) para combater a seca e aumentar a produção agrícola, principalmente de arroz.