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Problemas com o milho

Produtores baianos defendem mudanças nos mecanismos de subvenção para plantio do cereal no oeste da Bahia.

Problemas com o milho

Os problemas enfrentados pela cadeia produtiva do milho no Oeste da Bahia foram debatidos por técnicos do Governo Federal, produtores e avicultores na última quinta-feira (14), no auditório do Centro de Pesquisa e Tecnologia do Oeste da Bahia (CPTO), da Fundação Bahia, em Luís Eduardo Magalhães. O encontro, que contou com 66 participantes, foi organizado pela Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) e pelo Sindicato Rural de LEM, e presidido pelo coordenador geral de Cereais e Culturas Anuais da Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura, Sílvio Farnese.

Na abertura da reunião, o vice – presidente da Aiba, Sérgio Pitt, relatou as diversas ações da entidade no sentido de viabilizar o cultivo do cereal no Oeste da Bahia. Entretanto, ressaltou que as políticas governamentais de apoio à comercialização têm sido prejudiciais à região. “Há um equívoco na forma de aplicação dos mecanismos de subvenção, que são oferecidos partindo das regiões onde há excedente de oferta para os pólos demandantes. Ao contrário disso, os mecanismos devem ser ofertados partindo da demanda (avicultura do Nordeste), ao encontro da oferta, nas regiões produtivas mais próximas, reduzindo, assim, os gastos do governo. Esta é a lógica da economia”, argumentou o vice-presidente. Da forma defendida pelas entidades dos produtores, o Governo necessitaria de menos recursos para garantir preços mínimos aos produtores e abastecer o mercado.

Após ouvir produtores e granjeiros, os técnicos do Governo retornaram a Brasília com o compromisso de analisar os dados levantados durante a reunião e encontrar alternativas para minimizar os problemas enfrentados pelos produtores de milho. Uma outra proposta que o MAPA irá avaliar é a possibilidade da exportação de 100 mil toneladas de milho nos próximos meses, para reduzir o estoque de passagem, estimado em 450 mil toneladas, que está deprimindo os preços.

O principal desafio é conciliar interesses e peculiaridades de cada região produtora e pólo de consumo. Orçamento para isso não será problema. Segundo Sílvio Farnese, em 2009, foram disponibilizados R$ 5,2 bi para os programas de apoio à comercialização, dos quais foram aplicados R$ 3,4 bi, sendo R$ 1,3 bi para a cultura do milho. Para 2010, o MAPA conta com os mesmos 5,2 bi no orçamento.

Também estiveram presentes, representando a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o supervisor de Gestão de Oferta, Carlos Eduardo Tavares, e o supervisor de Operações Comerciais, João Paulo de Morais Filho.

Além de acompanhar as ações do governo e subsidiar os trabalhos com dados e informações sobre a cultura do milho no Oeste, a Aiba representa os produtores da região na Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Milho e Sorgo, em Brasília, e participa de um grupo de trabalho formado no Ministério da Agricultura com o objetivo de aperfeiçoar os mecanismos de apoio à comercialização deste cereal. As informações são de assessoria de imprensa.