O Paraná segue na liderança da produção de grãos, com 32,44 milhões de toneladas em 2010/11, conforme o 12.º relatório da safra 2010/11 emitido pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Em seguida, vem Mato Grosso, com 30,95 milhões de toneladas. Porém, foram os estados responsáveis por volumes menores de produção que mais avançaram em área cultivada e produtividade no período, mostra o levamentanto.
Conforme a Conab, o Piauí registrou safra de grãos 63,4% maior que a de um ano atrás, chegando a 2,26 milhões de toneladas. Os técnicos confirmaram aumento de 13,4% na área cultivada e de 44,1% na produtividade média. O estado nordestino teria cultivado 1,15 milhão de hectares e colhido 1.974 kg/ha. Estados que cultivam menos de 1 milhão de hectares multiplicaram a safra por 13 (Paraíba), 4 (Rio Grande do Norte e Ceará) e 1,5 (Pernambuco).
Das 27 unidades federativas, 21 ampliaram a produção. Considerando todos os grãos da última temporada, Mato Grosso do Sul foi o estado mais prejudicado, com quebra de 336,6 mil toneladas (3,5%), provocada pelas enxurradas que ocorreram em plena colheita de verão e pela falta de chuva no inverno.
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O Piauí saiu da lanterna em produtividade de soja, com 2.531 quilos por hectare em 2009/10, para 2.983 kg/ha, marca que supera os recordes dos Estados Unidos. O rendimento mostra que a nova fronteira agrícola brasileira amplia a produção não só com a abertura de novas áreas, mas também com o aprimoramento do cultivo e o investimento em insumos para o solo.
Essa tendência foi antecipada pela Expedição Safra Gazeta do Povo, que percorre 12 estados produtores de milho e soja anualmente e acompanha a produção de grãos de Norte a Sul do país. Em março, os produtores gaúchos mostraram que, apesar de enfrentarem seca em pleno desenvolvimento da soja, problema climático relacionado ao período de La Niña, teriam sua produtividade elevada. O rendimento saiu de 2.570 para 2.845 kg/ha na oleaginosa, avanço de 10,7% em um ano.
Conforme a Conab, os estados que menos colhem soja por hectare atualmente são Roraima, com 2.800 kg/ha, e São Paulo, o último colocado, com 2.788 kg/ha. Essa marca é 10% melhor que a pior média de 2009/10, a do Piauí.
Segundo a Conab, o levantamento vem sendo atualizado para refletir a produção das novas regiões. Ainda existem áreas descobertas. Os técnicos não consideram, por exemplo, a produção de milho de inverno de estados como Piauí e Maranhão, que vem crescendo com a adoção de sementes de soja precoces, que permitem a antecipação da colheita.
