Conforme o superintendente de Política e Economia Agrícola da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa), João Ricardo Albanez, as regiões que mais plantam o milho safrinha no Estado é a Noroeste, seguida pelo Triângulo Mineiro e pela região do Alto Paranaíba.
Dos 30 mil hectares, 48% da cultura está no Noroeste mineiro, 17% no Triângulo Mineiro e 8,7% no Alto Paranaíba. No Estado, o principal município produtor da safrinha é Paracatu, no Noroeste.
Na safrinha deste exercício, a região Noroeste apresentou um incremento de 64% ante a anterior. O Alto Paranaíba cresceu cerca de 58% e o crescimento do Triângulo foi de 28%. "O plantio de milho se inicia com as chuvas e é colhido em maio. A safrinha é plantada entre os meses de janeiro e fevereiro, após a retirada de outras culturas", salientou.
Rotatividade – Segundo Albanez, se o mercado reage bem, o produtor introduz a cultura de milho safrinha para aproveitar os preços e fazer uma rotatividade de cultura no terreno. "Neste momento, o produtor já tem condição de avaliar o mercado e realizar o plantio. Está havendo um crescimento de 34% na área de plantação da safrinha no Estado", adiantou.
A produtividade média da safrinha em Minas é de 3,3 toneladas por hectare e registrou uma redução na produtividade de 13% se comparada a anterior. "Observamos que, com os Estados Unidos produzindo milho voltado para a produção de etanol, houve uma oportunidade de colocar mais milho no mercado externo. O país entrou neste mercado em função de uma expectativa melhor do preço do produto", explicou.
Para o superintendente, a perspectiva de vendas no mercado externo deverá bater recorde. "Nos meses de janeiro a outubro deste exercício, se comparado com o mesmo período do último ano, as exportações tiveram um incremento de 1.255%. Ano passado saíram de Minas Gerais 7,8 mil toneladas e, para este ano, a previsão é de 106,6 mil toneladas. Em valores, houve um acréscimo de 628%, cerca de US$ 19,9 milhões", comparou.