Redação (30/09/2008)- Dourados é a cidade onde ocorreu a maior evolução, chegando a 48,20% no caso da lavoura convencional e 49,10% na transgênica. O custo foi feito pelo pesquisador Alceu Richetti, da Embrapa Agropecuária Oeste.
O plantio da soja começa no dia 1º de outubro (depois de amanhã), com o fim do vazio sanitário. Técnicos ouvidos pelo Diário MS na sexta-feira acham que a área plantada será semelhante a da safra passada, que foi de 1,7 milhão de hectares no Estado. Em Dourados foram plantados 155 mil hectares e em Maracaju, o maior produtor do Estado, 180 mil.
A Corea (Comissão Regional de Estatísticas Agropecuárias) do IBGE se reúne no dia 15 para fazer a primeira avaliação da safra 2008/2009. De acordo com Jeize do Amaral Carvalho, chefe da agência do IBGE em Dourados, nesta reunião será feita a primeira estimativa da área a ser plantada com soja.
O custo de produção, de acordo com a Embrapa, em Dourados, para a lavoura convencional nesta safra é de R$ 1.620,71, enquanto na safra 2006/2007 foi de R$ 1.093,39. Os custos mais altos este ano são de São Gabriel do Oeste e Chapadão do Sul: R$ 1.741,37 e R$ 1.718,82, respectivamente.
Em Maracaju o custo também é mais alto que em Dourados, fechado em R$ 1.726,48. Em Ponta Porã, o custo estimado é de R$ 1.657,72. O custo da lavoura transgênica (RR), feito apenas em Dourados, subiu de R$ 1.274,10 para R$ 1.726,48. Não constam nesses valores o custo do seguro (Proagro), que é de 2,9%, e do Pro-Labore, que é de 2%. O custo de produção da soja convencional em Dourados, acrescido de mais esses custos sobe para R$ 1.657,34.
Hoje a saca de soja é vendida a R$ 40, segundo o empresário do setor de insumos agrícolas, Sérgio Miranda. Mas ele acredita que na época da colheita, em março/abril do ano que vem, a saca esteja cotada em torno de R$ 45. Neste caso, o custo do hectare da lavoura de soja seria de 36,82 sacas. Se a média de produção for igual a do Estado na safra passada (2.635 quilos por hectare ou 43,91 sacas), o produtor poderá ter um lucro de 7,09 sacas, ou R$ 319, 05 por hectare, apesar do custo alto.
O fertilizante é o item que tem maior peso no custo de produção da soja. Representa 32,60%, ou R$ 540,75 no caso de Dourados. O segundo maior custo é o da remuneração da terra: R$ 186,67 ou 11,30%. A semente representa 7,50%, ou R$ 123,50. Os herbicidas são 6,40%, os inseticidas 2,1% e os fungicidas são 4,60%.
Já a área plantada com milho na safra de verão será muito pequena, segundo os técnicos. Praticamente não há representatividade nenhuma na produção e grãos.
Na safra passada a produção total de grãos de soja 4,56 milhões de toneladas, uma queda de 6,6% com relação à safra anterior, que alcançou os 5,8 milhões de toneladas. A área plantada no Estado foi de 1,7 milhões de hectares, com rendimento médio de 2.635 quilos por hectare.