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Produtor opta por milho transgênico em safra 2008/09

<p>Com atraso de 10 anos, comparado a outros países, os produtores brasileiros manifestam grande expectativa em relação aos resultados.</p>

Redação (05/09/2008) – Os produtores brasileiros finalmente iniciaram o primeiro plantio de milho transgênico da safra 2008/2009, com um atraso de 10 anos em relação à concorrência internacional, anunciou Odacir Klein, presidente-executivo da Abramilho (Associação Brasileira dos Produtores de Milho), durante encontro com a imprensa, em jantar realizado no salão da Acsurs – Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul, nas dependências da Expointer 2008, no Parque Assis Brasil, em Esteio – RS.

De acordo com Klein, os produtores brasileiros manifestam grande expectativa em relação aos resultados. "Esses resultados positivos já são colhidos pelos nossos concorrentes internacionais há muito tempo. A Argentina, por exemplo, planta essas variedades desde 1998", reiterou.

No Brasil, segundo ele, os agricultores brasileiros estão ansiosos pelos primeiros plantios de semente de milho transgênico. Esta tecnologia, que só começou a ser aprovada este ano no Brasil, já está aprovada há mais de uma década em países como Estados Unidos, Argentina e até mesmo na União Européia. Os grãos de milho transgênico são uma realidade no mercado internacional há muito tempo, como ressaltou Klein. "Os produtos transgênicos vêm sendo consumidos há mais de 10 anos nos diversos países do mundo, inclusive na União Européia e Japão, que aprovaram a introdução dessas variedades em 1998 e, desde então, vêm importando os grãos sem restrições", complementou.

Para a Abramilho, o importante é que venham logo as aprovações de novas variedades transgênicas para atender as diversas necessidades dos produtores brasileiros. "O produtor precisa ter opção de compra em relação aos concorrentes internacionais, seja de variedades transgênicas seja de variedades convencionais", afirmou o representante dos produtores de milho. De acordo com Klein, o Brasil, com três tipos de milho transgênico, é o país com o menor número de opções aprovadas no mundo. Na Argentina, por exemplo, os produtores já têm acesso a essa tecnologia há uma década e se beneficiam da melhoria da produtividade e redução no uso de inseticidas.

O presidente-executivo da Abramilho salientou ainda que, no atual momento mundial, com a alta do preço dos alimentos proporcional à diminuição de grãos em oferta, é fundamental que o Brasil assuma sua vocação natural, que é a de produzir alimentos, em quantidade e em qualidade, para suprir os países que precisam servir-se no mercado internacional. "O uso da ferramenta da biotecnologia, permite aos produtores brasileiros produzir alimentos de forma mais sustentável além de ajudar a preservar a saúde dos que trabalham no campo", acrescentou.