Redação (13/06/07) – Os agricultores deixarão de colher pouco mais de 1,8 milhão de sacas somente por falta de chuvas. A cotação média atualmente é de R$ 14 a saca.
Durante a reunião mensal da Comissão Regional de Estatísticas Agropecuárias (Corea), realizada nessa segunda-feira (11-06), com técnicos de cooperativas, bancos e escritórios de assistência técnica, foi feita uma avaliação geral do milho safrinha em Dourados, que tem área plantada de 100 mil hectares – 10 mil a mais em relação à previsão anterior de abril.
O prognóstico de dois meses atrás era de ser alcançada uma produtividade média de 3.600 sacas por hectare (60 sacas). Porém, com a estiagem, que chegou a durar quase um mês em algumas lavouras, o rendimento foi reduzido para 3.300 kg, ou 55 sacas/ha. Porém, muitos agrônomos calculam que fique mesmo em 50 sacas (3.000 kg).
Mas pela projeção do IBGE os produtores douradenses de milho de inverno deverão colher 330 mil toneladas, se nenhuma nova intempérie ocorrer até o final da safra na região. Inicialmente a colheita deveria atingir 360 mil toneladas e a diferença de volume corresponde a 25 milhões e 298 mil reais, sobre a 1 milhão e 807 mil sacas que deixarão de ser colhidas.
O agrônomo José Tarso Moro da Rosa, secretário do Sindicato Rural de Dourados, comparou que, com essa diferença na produção, seria possível comprar perto de 250 tratores médios de 100 cavalos. O preço destas máquinas varia de R$ 100 mil a R$ 110 mil, dependendo da marca e modelo.
"Era uma expectativa de produção de milho que a seca levou e dá uma dimensão de como o clima é responsável pela quebra na produtividade e o seu impacto sobre o comércio, não apenas de maquinários. É um dinheiro que foi embora", frisou Rosa, que também é agricultor.