Na propriedade do agricultor Jonis Ambiel, em Guaíra, região oeste do Paraná, o plantio já está no finalzinho. Dos quase mil hectares destinados à soja, restam menos de 40 para serem semeados.
Na fazenda vizinha, os trabalhos já terminaram nos 340 hectares. Já nas terras de Erwin Soliva, em Cascavel, têm áreas que já estão verdinhas, com plantas de quase um mês, enquanto outras só agora recebem a semente.
O plantio no oeste do estado começou no final de setembro. Pelo menos metade dos produtores optou por variedades precoce e superprecoce, que levam cerca de quatro meses para ficarem no ponto de colheita. Com isso, a previsão é de que no oeste do Paraná, os primeiros grãos sejam colhidos já na primeira quinzena de janeiro e apesar da data estar longe, alguns produtores já negociam parte da produção.
Em uma das maiores cooperativas da região, 20% da soja que ainda será colhida já foi vendida, mas este número é menor do que o que foi negociado antecipadamente na safra passada.
Para o presidente da Coopavel, isso se deve, em parte, ao bom preço da soja e à estabilidade do mercado. “O preço deste ano é melhor do que o preço do ano anterior e o produtor vendo o mercado firme, não está muito afoito na venda futura”, explica Dilvo Grolli.
Nas outras regiões do Paraná, o plantio está um pouco mais lento. De acordo com a Secretaria de Agricultura do Estado, a soja já foi semeada em 60% da área destinada ao grão.