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Produtores preocupados com armazenagem e qualidade de grãos

Um dos temas principais do evento foi a qualidade e rastreabilidade dos grãos exigidas cada vez mais pelas indústrias nacionais e mercado consumidor.

Da Redação 05/09/2003 – Cerca de 250 produtores agrícolas brasileiros e paraguaios discutiram técnicas para aperfeiçoar a armazenagem de grãos durante um seminário realizado nos dias 2 e 3 em Foz do Iguaçu. Um dos temas principais do evento foi a qualidade e rastreabilidade dos grãos exigidas cada vez mais pelas indústrias nacionais e mercado consumidor.

Os palestrantes destacaram a pressão exercida pelas indústrias sobre os agricultores, frisando a necessidade de redobrar as boas práticas agrícolas.

A rastreabilidade do produto aparece no topo da lista, de 15 itens, formulada pelo engenheiro Rubem Groff, da Kepler Weber, empresa de equipamentos para amarzenagem, um dos palestrantes do seminário.

Outros pontos destacados foram manutenção dos registros, variedades das sementes, histórico e manejo da propriedade, manejo do solo e do substrato, uso de fertilizantes, potabilidade da irrigação, controle do uso de fertilizantes, manejo integrado de pragas e doenças, regulagem das colheitadeiras e impacto sobre o meio ambiente.

“A lógica de qualidade da indústria de alimentos, migrou para a indústria de grãos. Vamos ter muito mais hábitos, isso porque o usuário final pressiona a indústria que, por consequência, pressiona os produtores”, afirmou Groff, ao comentar a necessidade comprovar a qualidade dos grãos.

O engenheiro apresentou um sistema de automação capaz de garantir um amplo controle das condições dos depósitos, reduzindo as perdas na armazenagem. Segundo ele, as operações informatizadas tiram o máximo de benefício do ar. “É uma tendência barata. Não custa nem um 1% do total do custo de uma unidade”, afirmou.

O modelo tem a vantagem, ainda, de fornecer o tão exigido histórico de oscilações do ar, gerando, assim, uma etapa da rastreabilidade do produto. Ele controla e registra a temperatura, a umidade, o aquecimento dos silos, fazendo de uma maneira automática o trabalho manual desenvolvido pela força humana.

Durante o seminário, também foram discutidas técnicas de secagem (com destaque para aeração), logística de grãos no Brasil, considerada limitada diante da expectativa de safras recordes de soja nos próximos anos.