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Recorde à vista para renda dos grãos

<p>Divulgado dia 04/10, o primeiro relatório da Conab sobre as intenções de plantio de grãos na safra 2007/08 levou a RC Consultores a ajustar para cima sua previsão para a renda agrícola.</p>

Redação (08/10/07) – Conforme projeções divulgadas pelo economista Fabio Silveira, sócio-diretor da RC, apenas os grãos (algodão, arroz, feijão, milho, soja, trigo e outros) deverão gerar receita de R$ 76 bilhões em 2008, um novo recorde. Se confirmado, o valor será 22,6% maior que o estimado para 2007 (R$ 62 bilhões) e ficará 7% acima dos R$ 71 bilhões de 2004, que nas contas de Silveira é a maior marca registrada até agora. 

O salto projetado para os grãos é puxado por soja e milho – que estão com preços elevados e, de acordo com a Conab, terão aumento de área plantada e provavelmente de produção em 2007/08. No caso da soja, carro-chefe do campo nacional, a renda deverá atingir R$ 34 bilhões no próximo ano, 17,2% mais que o previsto para 2007 (R$ 29 bilhões). De acordo com a RC, a retomada não será suficiente, porém, para superar o recorde obtido pela cultura em 2004 (R$ 38 bilhões). 

Proporcionalmente, o salto projetado para o milho é até mais expressivo. A RC vislumbra receita de R$ 25 bilhões para a cultura em 2008, 38,9% mais que em 2007 e 78,6% acima de 2004. Silveira também prevê incrementos para arroz, feijão e trigo, enquanto para o algodão o cenário traçado é de estabilidade. 

Computado o avanço dos grãos, a RC reviu a renda agrícola das principais lavouras do país, incluindo também as perenes, para R$ 146 bilhões no ano que vem, ante o recorde de R$ 125 bilhões estimado para 2007. Aqui entra o "fator cana", cuja receita deve alcançar R$ 22 bilhões neste ano e R$ 23 bilhões no próximo, e o forte crescimento do café, que poderá render R$ 14 bilhões em 2008, contra R$ 10 bilhões este ano, sempre conforme a RC. 

A consultoria também divulgou na sexta-feira que seu índice de preços agropecuários no atacado de São Paulo registrou variação positiva de 1,1% no intervalo entre os dias 28 de setembro e 4 de outubro. O indicador não registra quedas desde o fim de junho. Na semana passada, definiram o novo salto as altas de batata (12,4%), tomate (10,7%), feijão (7,4%), laranja (3,6%), suíno (3,3%), boi gordo (2,5%), ovos (1,9%), soja (0,8%), café (0,8%) e algodão (0,6%).