A produção do milho safrinha deve bater recorde na região de Maringá. A estimativa é colher 783 mil toneladas do cereal, 14 mil toneladas a mais que no ano passado e maior volume dos últimos 3 anos.
A área plantada também será maior que a do ano passado. A segunda safra de milho deverá cobrir 180 mil hectares nos 29 municípios do núcleo regional de Maringá da Secretaria de Agricultura e Abastecimento – em 2010 foram 151.934 hectares.
Em todo o Paraná, a estimativa é que o milho safrinha cubra 1,5 milhão de hectares de lavouras, área 11% maior em comparação com 2010. O cereal já começou a ser semeado no oeste e sudoeste do Paraná. É que lá o milho safrinha ocupa a área onde havia feijão, cuja colheita está avançada.
Até a semana passada, 3% do milho safrinha havia sido plantado, com 42% das lavouras em fase de germinação e 58% em desenvolvimento vegetativo.
Na região de Maringá, o município de Astorga é o maior produtor. Mas para que as estimativas se confirmem, o agricultor precisa se apressar. “Ele tem de colher a soja o quanto antes e plantar o milho em fevereiro e março para escapar da geada, que agride a lavoura”, recomenda o economista do Deral, Dorival Aparecido Basta
O diretor do Deral, Otmar Hubner, conta que o produtor está preferindo plantar soja na primeira safra e milho na segunda. “A soja cultiva mais fácil, tem liquidez e a renda é boa. Já a safrinha de milho está crescendo porque o trigo não é mais tão atrativo para o produtor em função do mercado e do risco de perder a lavoura caso o clima não colabore”, diz.
A preferência do agricultor por soja na primeira safra fez a produção de milho encolher 21% em relação ao ano passado. A expectativa é colher 5,33 milhões de toneladas – em 2010, foram 6,78 milhões. A área plantada nesta safra atingiu apenas 735 mil hectares no Paraná, a menor desde a década de 60.