Banco do Brasil fechou o primeiro semestre da safra 2009/10 com crescimento de 50% em relação ao mesmo período da safra passada. Em setembro, os reembolsos em financiamentos de custeio, investimento e comercialização somaram R$ 10 bilhões e até o final do mês de outubro podem chegar a R$ 15 bilhões.
A expectativa é de que o índice se mantenha até o final do ciclo. “Lógico que no ano que vem teremos uma atuação mais forte ainda na comercialização e no próprio programa de investimento da agricultura familiar e também da empresarial”, afirmou o diretor de agronegócios do Banco do Brasil em Brasília (DF), José Carlos Vaz.
O andamento dos negócios ligados à safra agropecuária foi um dos assuntos abordados por Vaz durante visita realizada na manhã desta segunda-feira (26/10) ao presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski, na sede da Organização, em Curitiba. Estiveram presentes ainda o superintendente comercial do BB na região Sul, Ives Cezar Fülber, e o gerente do Mercado da região Sul, Jayme Pinto Júnior. “Nós também conversamos sobre os nossos trabalhos conjuntos visando dar assistência financeira à reestruturação e o fortalecimento ao setor cooperativista através das linhas Procap (Programa de Capitalização das Cooperativas de Produção Agropecuária) e Prodecoop (Programa de Desenvolvimento Cooperativo para Agregação de Valor à Produção Agropecuária), com recursos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social)”, acrescentou Vaz.
Em sua passagem pela Ocepar, o diretor do BB fez uma análise sobre as dificuldades enfrentadas pelos agricultores nessa safra. “Especificamente na região Sul nós estamos tendo problema com o clima e também de comercialização, que são da natureza da atividade mas que prejudicam a renda e a sustentabilidade do negócio do produtor. Sabemos que o governo está entrando com medidas de sustentação à comercialização do trigo. Da nossa parte, as nossas agências também estão instruídas sobre a possibilidade de fazer prorrogações daquelas dívidas que são enquadráveis nessa situação. Também estamos agilizando as indenizações do Proagro e do Seguro Agrícola da Aliança do Brasil”, disse Vaz.
O diretor do banco orienta os produtores em dificuldades a procurar as agências para buscar melhor forma de encaminhamento para as dívidas, mas recomenda. “Sempre que for possível, a liquidação da dívida é melhor do que uma prorrogação, porque ela acaba impactando nos negócios futuros do produtor. Mas se isso não for possível, nós estamos dispostos a fazer a prorrogação e as agências estão à disposição para discutir o melhor encaminhamento”, afirmou.
Vaz também salientou a importância do cooperativismo como um grande aliado do produtor, especialmente no atual cenário de mercado, caracterizado pela alta competitividade. “O cooperativismo em si é uma solução de potencialização do produtor rural. O Banco do Brasil, desejando sempre ser o principal e o maior banco do agronegócio brasileiro, não pode deixar de trabalhar junto com as cooperativas. Existe um fenômeno crescente de grande escala. Cada vez mais as partes, antes e depois da porteira, tem uma escala maior que a dos produtores, então, é preciso que eles se associem, para ter escala e capacidade de competir.
E a solução para isso é o cooperativismo. Dessa forma, o BB vê o cooperativismo como uma solução para potencializar o produtor rural e com uma parceria muito forte com o banco para que possamos fazer assistência ao produtor rural e ao setor cooperativista. É uma parceria preferencial do Banco do Brasil”, completou.