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''Revolução'' na área de milho não preocupa

<p>O Brasil vai se consagrar como grande exportador de milho, na opinião do presidente da Perdigão, Nildemar Secches.</p>

Redação (13/12/06) – Ele avalia que a febre do etanol nos Estados Unidos – que fez os preços do grão subirem 85% só este ano no mercado internacional – estimulará a produção do milho no Brasil, o que vai permitir o avanço das exportações nos próximos anos. “Essa é uma mudança estrutural, definitiva”, afirmou ontem.

Apesar da alta de preços do milho, que já elevou e continuará elevando os custos do setor, Secches vê como positivo o novo quadro já que a oferta de milho tende a crescer devido às cotações valorizadas.

Mas o aumento dos preços do milho – que responde por 35% do custo de produção do frango e pouco mais no caso do suíno – deve levar a um repasse para os produtos finais, segundo o executivo. Este ano, o frango inteiro já teve alta entre 7% e 10% no mercado.

A alta das cotações do grão vai impactar também os preços em dólar das carnes de frango e suína no mercado internacional, conforme Secches. Ele disse que, com o câmbio e custos atuais, as margens são positivas, mas o quadro piora com a alta do milho. Por isso, o repasse será necessário.

O diretor de desenvolvimento de negócios da Perdigão, Nelson Vas Hacklauer, observou que a maior oferta de farelo (por causa do biodiesel a partir de soja) deve compensar em parte a alta do milho. Ele admitiu, porém, que pode faltar milho em Goiás no futuro se todos os projetos de usinas forem concretizados, o que estimula o avanço da cana sobre áreas de grãos. Cálculos indicam que a cana avançaria 700 mil hectares. (AAR)