Redação (30/03/2009)- Se a evolução da demanda exigir que o ritmo de aumento da produção global de soja até 2020 seja semelhante ao registrado entre 1999 e 2009, o mundo poderá enfrentar uma severa escassez do grão. É o que mostra estudo apresentado recentemente por Antonio Sartori, da corretora gaúcha Brasoja, com base em projeções oficiais americanas, brasileiras e argentinas.
Em 1999, a produção mundial somou 160 milhões de toneladas, com destaque para Estados Unidos (75 milhões), Brasil (31 milhões), Argentina (20 milhões) e China (15 milhões). Em 2009, o volume total deve crescer para 223 milhões de toneladas, divido entre EUA (81 milhões), Brasil (57 milhões), Argentina (43 milhões), China (17 milhões) e outros países (26 milhões). Um aumento de praticamente 40%.
Se até 2020 o incremento tiver que ser também de 40% para atender à demanda, a produção terá que chegar a 325 milhões de toneladas, mas as projeções atuais sinalizam 286 milhões – 89 milhões nos Estados Unidos, 83 milhões no Brasil, 62 milhões na Argentina, 16 milhões na China e 35 milhões em outros países. E a diferença, de onde virá? É claro que são muitos os fatores que podem interferir nessas projeções – além da própria economia, há o clima e suas mudanças e o meio ambiente e suas restrições -, mas, de acordo com a análise de Sartori, é bom começar a pensar logo no futuro.