O último levantamento divulgado pela Consultoria Céleres referente à safra 2011/12 de soja revela que as más condições climáticas não atingiram só o Brasil, mas também toda a América do Sul. Segundo a consultoria, mesmo com o aumento de 1 milhão de hectares semeados em relação à safra 2010/11, as expectativas de rendimento médio das lavouras sul-americanas sinalizam valores médios abaixo de 2.700 quilos por hectare.
Ao todo, a América do Sul deve fechar a safra com uma produção de 128 milhões de toneladas, ante 135,5 milhões do ciclo anterior. Só no Brasil, informa a consultoria, a produção de soja deve girar em torno de 70 milhões de toneladas, 5 milhões a menos do que foi registrado na safra 2010/11. Na Argentina, o volume de produção deve cair 3 milhões de toneladas, estimado para até o final da colheita em 50 milhões de toneladas. No Uruguai e Paraguai, onde residem muitos produtores brasileiros, estima-se uma produção de 6,4 milhões de toneladas, 22,9% a menos sobre o ciclo 2010/11.
Preço – Apesar dessas quebras de produção, as cotações da soja no mercado internacional estão em alta na Bolsa de Chicago. O preço da oleaginosa está trabalhando nas últimas semanas entre US$ 12,80/bushel e U$ 12,90, em média, para vendas em março. No mercado doméstico, a cotação da soja aumentou. Entretanto, informa a consultoria, as oscilações do câmbio têm prejudicado o setor.
Milho – Os problemas climáticos também atingiram as lavouras de milho. De acordo com a Céleres, só na região do Mercosul é estimada uma queda de 1,3 milhão de toneladas, puxadas pelo declínio de produção do Brasil, Argentina e Paraguai. Só a Argentina apresentou uma queda de 2,2%, com uma produção de 21,6 milhões de toneladas. No Brasil, a produção sofreu um corte nos estoques de 11,1%. A produção de milho em todo o Mercosul ficou estimada em 85,1 milhões de toneladas. No quesito preços, o valor do grão para os contratos com vencimento para este mês estava cotado na última semana a US$ 6,41/bushel.